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Reajuste da tarifa do metrô do Rio para R$ 6,30 é adiado

Passagem continua em R$ 5, enquanto estado e concessionária negociam novo valor

Pedestre usando máscara protetora caminha por uma estação de metrô quase vazia no Rio de Janeiro, Brasil, na segunda-feira, 20 de abril de 2020.  (Andre Coelho / Bloomberg/Getty Images)

Pedestre usando máscara protetora caminha por uma estação de metrô quase vazia no Rio de Janeiro, Brasil, na segunda-feira, 20 de abril de 2020. (Andre Coelho / Bloomberg/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 1 de abril de 2021 às 11h28.

Última atualização em 1 de abril de 2021 às 11h30.

O início da cobrança da nova tarifa do metrô que entraria em vigor nesta sexta-feira (2) foi adiado por 30 dias. O reajuste autorizado foi de R$ 6,30. Mas, diante na nova decisão fica valendo a tarifa atual de R$ 5, por pelo menos mais um mês, conforme confirmou a Secretaria de Estado de Transporte.

Até lá, o governo do Estado e a concessionária continuam negociando um termo aditivo ao contrato de concessão. A ideia é definir um novo valor, levando em conta os impactos da pandemia na realidade dos passageiros.

A secretaria informou que o objetivo das negociações é definir um reajuste mais condizente com o atual cenário socioeconômico, considerando o impacto causado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A ideia é encontrar uma solução que minimize o impacto para os passageiros e ao mesmo tempo garanta o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão.

— A notícia do adiamento é positiva, pois significa compreensão do governo do Estado sobre a gravidade do momento econômico que vivemos. Mas adiar não é cancelar. O custo de vida da população cresceu muito e o movimento contra o aumento das passagens defende nenhum reajuste enquanto durar a pandemia — afirmou Henrique Silveira, coordenador da Casa Fluminense.

O reajuste provocou protestos presenciais e virtuais. Uma campanha on-line (https://www.metroaumentonao.meurio.org.br) promovida pela ONG Meu Rio com apoio da Casa Fluminense enviou mais de 7 mil mensagens por e-mail para o governo do Estado e para a concessionária, pedindo a suspensão do aumento. Também houve manifestações e panfletagens contra o reajuste em estações como a de Vicente de Carvalho.

O reajuste havia sido homologado pela Agência Reguladora de Transportes Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) no dia 23 de fevereiro. A concessionária MetrôRio informou que o sistema metroviário opera, neste momento, com uma queda de demanda de público de 70% e acumula perdas financeira superiores a R$ 600 milhões, por conta da pandemia.

Acordo garantiu aumento menor nos trens

Um acordo entre o governo do Estado e a SuperVia, em 19 de fevereiro, assegurou um reajuste menor do que o previsto na nova tarifa de trens da SuperVia. Na ocasião, a inclusão do termo aditivo ao contrato de concessão do sistema ferroviário definiu em R$ 5 o novo valor que vigora desde 23 de fevereiro. Antes do acordo, a passagem passaria de R$ 4,70 para R$ 5,90.

O impacto do reajuste seria de 25,5% e causou protestos. A Agetransp, agência reguladora dos transportes no estado, admitiu na ocasião que o índice de reajuste era elevado e recomendou que o governo do Estado avaliasse negociar soluções que pesassem menos no bolso dos trabalhadores.

Antes de definir o novo valor, a entrada em vigor do reajuste também chegou a ser suspenso, por 20 dias.

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