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Educação no NE precisa de R$ 20 bi para ter qualidade

Embora a educação esteja avançando na região - ainda que há passos lentos -, há muita desigualdade entre os estados: Ceará e Piauí vão bem, mas Maranhão e Alagoas não evoluem

Escola em Sobral, no Ceará: estado é exemplo de sucesso na educação (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 18h49.

Salvador - A diferença entre o padrão mínimo de qualidade de educação e o quanto o Nordeste investe é de R$ 20 bilhões por ano. Isto é, a região investe R$ 20 bilhões a menos do que deveria para ter um nível mínimo de qualidade.

O dado foi apresentado por Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, no EXAME Fórum Nordeste, que acontece nesta terça-feira em Salvador.

Segundo ele, cada estado precisaria gastar anualmente R$ 1.300 por aluno para garantir um ensino com um mínimo de qualidade. Nesse valor, estão inclusas escolas mais bem estruturadas com bibliotecas, laboratórios de informática, laboratórios de ciência e professores recebendo o piso salarial.

Embora seja preciso reconhecer que a educação no Nordeste esteja avançando como um todo - ainda que a passos lentos demais -, há ainda muita desigualdade dentro da região.

Se de um lado Ceará e Piauí são exemplos de bons resultados, Maranhão e Alagoas estão estacionados.

Na opinião de Priscila Fonseca da Cruz, diretora da ONG Todos pela Educação, gestão e financiamento precisam trabalhar juntos para alcançar bons resultados.

Ela dá um exemplo de como um não dá certo sem o outro: em matemática, apenas 10% dos alunos do Ensino Médio aprendem o mínimo. "Estamos neste mesmo patamar há 10 anos, apesar de o investimento no Ensino Médio ter dobrado", conta.

Além disso, ela diz que é preciso ter coragem para encarar as desigualdades do país. Isto é, dar mais dinheiro para os estados que têm menos e precisam de mais.

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Segundo ele, cada estado precisaria gastar anualmente R$ 1.300 por aluno para garantir um ensino com um mínimo de qualidade. Nesse valor, estão inclusas escolas mais bem estruturadas com bibliotecas, laboratórios de informática, laboratórios de ciência e professores recebendo o piso salarial.

Embora seja preciso reconhecer que a educação no Nordeste esteja avançando como um todo - ainda que a passos lentos demais -, há ainda muita desigualdade dentro da região.

Se de um lado Ceará e Piauí são exemplos de bons resultados, Maranhão e Alagoas estão estacionados.

Na opinião de Priscila Fonseca da Cruz, diretora da ONG Todos pela Educação, gestão e financiamento precisam trabalhar juntos para alcançar bons resultados.

Ela dá um exemplo de como um não dá certo sem o outro: em matemática, apenas 10% dos alunos do Ensino Médio aprendem o mínimo. "Estamos neste mesmo patamar há 10 anos, apesar de o investimento no Ensino Médio ter dobrado", conta.

Além disso, ela diz que é preciso ter coragem para encarar as desigualdades do país. Isto é, dar mais dinheiro para os estados que têm menos e precisam de mais.

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