Quem é o assessor de Temer investigado em operação em estádios
Tadeu Filipelli, ex-vice-governador do DF, é acusado de desviar recursos das obras de reforma do Mané Garrincha para Copa de 2014
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de maio de 2017 às 10h13.
São Paulo - Um dos alvos de mandado de prisão temporária nesta terça-feira, 23, o ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filipelli (PMDB) é, atualmente, assessor especial do presidente Michel Temer.
Mandados de prisão também foram direcionados aos ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT)
Em nota, a Polícia Federal informou que a Operação Panatenaico, deflagrada na manhã desta terça, tem por objetivo investigar uma organização criminosa que fraudou e desviou recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha para Copa do Mundo de Futebol de 2014.
Orçadas em cerca de R$ 600 milhões, as obras no estádio custaram ao fim, em 2014, R$ 1,575 bilhão. O superfaturamento, portanto, pode ter chegado a quase R$ 900 milhões.
Entre os alvos da operação estão agentes públicos e ex-agentes públicos, construtoras e operadores das propinas ao longo de três gestões do Governo do Distrito Federal.
Da madeira ao mármore
O nome da operação é uma referência ao Stadium Panatenaico, sede dos jogos panatenaicos, competições realizadas na Grécia Antiga que foram anteriores aos jogos olímpicos.
A história desta arena utilizada para a prática de esportes pelos helênicos, tida como uma das mais antigas do mundo, remonta à época clássica, quando estádio ainda tinha assentos de madeira.
A construção foi toda remodelada em mármore, por Arconte Licurgo, no ano 329 a.C. e foi ampliado e renovado por Herodes Ático, no ano 140 d.C., com uma capacidade de 50 mil assentos.
Os restos da antiga estrutura foram escavados e restaurados, com fundos proporcionados para o renascimento dos Jogos Olímpicos. O estádio foi renovado pela segunda vez em 1895 para os Jogos Olímpicos de 1896.