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Quem é o vice que assume o governo do RJ se Witzel sofrer impeachment

Considerado um "popstar católico", Cláudio Castro foi escolhido por Witzel para tentar impedir o avanço do processo de impedimento na Alerj

Cláudio Castro: durante a pandemia, ele está responsável por distribuir alimentos e kits de higiene em cidades cariocas (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Cláudio Castro: durante a pandemia, ele está responsável por distribuir alimentos e kits de higiene em cidades cariocas (Fernando Frazão/Agência Brasil)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 11 de junho de 2020 às 10h37.

Última atualização em 11 de junho de 2020 às 12h32.

Após votação simbólica na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 10, deputados estaduais optaram pela abertura do processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel.

Agora, se dará início um longo rito processual, que começa na Alerj e termina no Superior Tribunal de Justiça. Caso o impedimento prossiga, o governador pode ser afastado do cargo.

Se Witzel for tirado da chefia do executivo carioca, quem assume é o vice-governador, o advogado e cantor católico, Cláudio Castro. Aos 41 anos, ele foi a pessoa mais jovem a assumir o cargo em 2018.

Antes de ser vice-governador, foi chefe de gabinete do então vereador e hoje deputado estadual Márcio Pacheco (PSC) por 12 anos. Em sua trajetória pública, ele é conhecido como "popstar católico".

É cantor desde 1996 e já lançou dois CDs solo, o último em 2015. Por sete anos foi coordenador do Ministério de Fé e Política da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Em 2012 se candidatou ao cargo de vereador, mas não se elegeu. Já em 2016, ganhou as eleições para vereador da cidade do Rio pelo Partido Social Cristão (PSC), mesmo de Witzel. Castro ocupou o cargo durante 2 anos.

Em outubro de 2018 compôs a chapa de Witzel na candidatura ao governo do estado. Eles foram eleitos com mais de quatro milhões de votos válidos.

No início do governo, assumiu a coordenação de dois órgãos alvos de investigação da Operação Lava Jato no Rio, na gestão do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), o Detran e o DER (Departamento de Estradas e Rodagem).

Durante a pandemia do novo coronavírus, ele tem coordenado o Mutirão Humanitário, ação do governo carioca para levar cestas básicas e kits de limpeza a cidades do Rio.

Neste ano, Castro foi indicado por Witzel para tentar barrar o prosseguimento do pedido de impeachment na Alerj. No entanto, segundo informações da coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo, ele fez negociações no sentido contrário. Ele negou as acusações e disse que uma de suas características mais "fortes é a lealdade".

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