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Quatro presidentes em xeque

Não é sempre que quatro presidentes têm que encarar pautas incendiárias numa mesma semana. Já na segunda-feira, o presidente interino Michel Temer se reúne com governadores para tentar desarmar a mais polêmica delas — a dívida dos estados com a União. Na última sexta-feira, o governo do Rio decretou calamidade pública devido à crise econômica. […]

MICHEL TEMER E EDUARDO CUNHA: para Garman, as chances do ex-deputado derrubar este governo são muito pequenas / Antonio Cruz/Agência Brasil (Antonio Cruz/Agência Brasil)

MICHEL TEMER E EDUARDO CUNHA: para Garman, as chances do ex-deputado derrubar este governo são muito pequenas / Antonio Cruz/Agência Brasil (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2016 às 05h45.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h22.

Não é sempre que quatro presidentes têm que encarar pautas incendiárias numa mesma semana. Já na segunda-feira, o presidente interino Michel Temer se reúne com governadores para tentar desarmar a mais polêmica delas — a dívida dos estados com a União. Na última sexta-feira, o governo do Rio decretou calamidade pública devido à crise econômica. Será a primeira vez que Temer se reunirá com todos os representantes estaduais para tratar do tema. Não espera tranqüilidade: os estados devem exigir receber ajuda semelhante aos 2,9 bilhões de reais prometidos ao Rio.

Fora do Palácio do Planalto, o segundo presidente em questão é Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara. Na segunda-feira, a Comissão de Constituição e Justiça votará o relatório de Artur Lira que pode mudar procedimentos na cassação de deputados, o que beneficiaria Cunha. Na terça-feira, Cunha concederá uma entrevista coletiva com o objetivo, segundo ele, de esclarecer “fofocas” sobre sua situação. Jornais noticiam que ele vem estuando a ideia de renunciar à presidência da Casa para evitar a cassação.

Enquanto isso, no Senado, o presidente Renan Calheiros — o terceiro em xeque esta semana — decide até a quarta-feira se aceita o pedido de impeachment contra o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. A petição foi apresentada por duas advogadas na última segunda-feira 13. Entre os senadores, o apelo é de cautela, porque qualquer movimento drástico pode ser interpretado como uma forma de interferir na Lava-Jato. Se ele aceitar o pedido, uma Comissão Especial analisará sua admissibilidade.

Ainda no Senado, aliados de outra presidente, a afastada Dilma Rousseff, seguem duelando contra seus opositores na Comissão de Impeachment. Na segunda e na terça serão ouvidas testemunhas de defesa da presidente, entre elas o ex-ministro da Educação Renato Janine, o deputado Pepe Vargas, ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos, e Miriam Belchior, ex-ministra do Planejamento. Numa semana com tantas pautas pegando fogo no mundo político, não devem estes os eventos com a maior audiência.

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