Qual é a relação custo x benefício do metrô no Brasil?
Metrô de São Paulo custa o triplo do de Buenos Aires, tem um quinto do tamanho do de Londres e é 12 vezes mais “lotado” que o de Madri
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2012 às 09h11.
São Paulo – Embora tenha preços próximos ao dos europeus, o metrô brasileiro oferece bem menos linhas e estações e possui índices de habitantes por km muito superiores aos do velho continente. É o que mostra um levantamento feito pelo professor Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios.
O bilhete unitário dos metrôs de São Paulo e Rio de Janeiro custam, respectivamente, 3 reais e 3,10 reais, quase o triplo da mesma passagem no metrô de Buenos Aires, que sai por 1,05 real (valor convertido pela cotação de 14/03).
O valor está mais próximo dos preços praticados em cidades como Madrid (a partir de 3,45 reais por viagem) e Paris (4,03 reais por viagem).
“O metrô brasileiro é mais caro que o de outras cidades latino-americanas, mas colocando em paridade do poder de compra, os preços até estão parecidos. O problema é que a extensão é pequena em relação à demanda”, explica Leite. “Se mantivéssemos a tarifa, mas dobrássemos o tamanho da rede, a relação custo benefício seria melhor”, ele acrescenta.
Com 74,3 km de rede, o metrô de São Paulo tem quase um terço da extensão do de Paris (211 km) e um quarto da de Madri (283 quilômetros). Se comparado ao de Londres (415 km), o metrô de São Paulo tem um quinto do tamanho.
Com uma população consideravelmente superior a dessas cidades, o resultado é que o metrô de São Paulo é muito mais lotado. Na cidade, há 269 mil pessoas para cada quilômetro de metrô construído – cinco vezes mais que em Paris (57 mil pessoas/km), oito vezes mais que em Londres (31 mil pessoas/km) e doze vezes mais que o de Madri (21 mil pessoas/km).
O mesmo vale para o metrô do Rio de Janeiro. Com apenas 46,3 km de extensão, ele é metade do metrô de Santiago (94,2 km) – embora a capital fluminense tenha quase o dobro da população. O metrô carioca tem um nono do tamanho do de Nova York (398 km) e um quarto do de Tóquio (195 km). Em contrapartida, a taxa de habitantes por quilômetro de metrô na cidade é de 260 mil, contra 50 mil e 164 mil, respectivamente.
Clique no infográfico interativo abaixo para ver os preços, extensões, números de linhas e estações e as taxas de habitantes por km do metrô em nove grandes capitais:
São Paulo – Embora tenha preços próximos ao dos europeus, o metrô brasileiro oferece bem menos linhas e estações e possui índices de habitantes por km muito superiores aos do velho continente. É o que mostra um levantamento feito pelo professor Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios.
O bilhete unitário dos metrôs de São Paulo e Rio de Janeiro custam, respectivamente, 3 reais e 3,10 reais, quase o triplo da mesma passagem no metrô de Buenos Aires, que sai por 1,05 real (valor convertido pela cotação de 14/03).
O valor está mais próximo dos preços praticados em cidades como Madrid (a partir de 3,45 reais por viagem) e Paris (4,03 reais por viagem).
“O metrô brasileiro é mais caro que o de outras cidades latino-americanas, mas colocando em paridade do poder de compra, os preços até estão parecidos. O problema é que a extensão é pequena em relação à demanda”, explica Leite. “Se mantivéssemos a tarifa, mas dobrássemos o tamanho da rede, a relação custo benefício seria melhor”, ele acrescenta.
Com 74,3 km de rede, o metrô de São Paulo tem quase um terço da extensão do de Paris (211 km) e um quarto da de Madri (283 quilômetros). Se comparado ao de Londres (415 km), o metrô de São Paulo tem um quinto do tamanho.
Com uma população consideravelmente superior a dessas cidades, o resultado é que o metrô de São Paulo é muito mais lotado. Na cidade, há 269 mil pessoas para cada quilômetro de metrô construído – cinco vezes mais que em Paris (57 mil pessoas/km), oito vezes mais que em Londres (31 mil pessoas/km) e doze vezes mais que o de Madri (21 mil pessoas/km).
O mesmo vale para o metrô do Rio de Janeiro. Com apenas 46,3 km de extensão, ele é metade do metrô de Santiago (94,2 km) – embora a capital fluminense tenha quase o dobro da população. O metrô carioca tem um nono do tamanho do de Nova York (398 km) e um quarto do de Tóquio (195 km). Em contrapartida, a taxa de habitantes por quilômetro de metrô na cidade é de 260 mil, contra 50 mil e 164 mil, respectivamente.
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