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Quadrilha falsificava Letras do Tesouro Nacional

Organização criminosa captava recursos de terceiros para serem empregados nas transações com títulos da dívida pública

Bandidos se passavam pela ministra Eliana Calmon para captar recursos (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2011 às 08h17.

São Paulo - A Polícia Federal (PF) deflagrou ontem a Operação Grammata para reprimir crimes contra o sistema financeiro nacional e de falsidade documental, estelionato e lavagem de dinheiro por meio de compra e venda de Letras do Tesouro Nacional (LTNs). A PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão em seis Estados (Espírito Santo, Goiás, Minas, Rio Grande do Sul, Rio e São Paulo) e no Distrito Federal. Uma mulher, integrante do grupo, se fazia passar pela ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), corregedora nacional de Justiça.

Segundo a PF, a organização criminosa captava recursos de terceiros para serem empregados nas transações com títulos da dívida pública, notadamente LTNs da década de 1970, em sua maioria falsificadas. Lotes de títulos eram utilizados como lastro financeiro em financiamentos internacionais e como ativos para inflar patrimônio de empresas.

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Os fraudadores prometiam reembolsos variáveis de 10 a 20 vezes sobre o valor investido. A ordem para vasculhar endereços residenciais e comerciais dos alvos da PF foi dada pelo juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6.ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Ele acolheu pedido do delegado Rodrigo Sanford, que comanda a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da PF em São Paulo. Não foi decretada prisão de suspeitos, mas essa medida poderá ser tomada a partir do resultado das buscas.

Os federais apreenderam títulos da Dívida Pública “com indícios de falsificação”. Também foram encontrados documentos de financiamentos realizados no exterior - as transações teriam sido fechadas com uso dos títulos. “Foi apreendida farta documentação sobre os crimes investigados e mídias que serão analisadas”, comunicou a Polícia Federal, em nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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