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PUC-Minas é a primeira universidade privada ocupada no país

Estudantes da PUC-Minas decidiram aderir à onda de ocupações estudantis em protesto contra a PEC do Teto

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PUC-Minas: organização garantiu, em nota, que não atrapalhará o Enem (Facebook/UNE/Reprodução)

PUC-Minas: organização garantiu, em nota, que não atrapalhará o Enem (Facebook/UNE/Reprodução)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de novembro de 2016, 14h27.

Balo Horizonte - Estudantes da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), em Belo Horizonte, reuniram-se no fim da tarde desta quinta-feira, 3, e decidiram ocupar o principal câmpus da universidade em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 (55/2016), que congela os gastos públicos no País durante 20 anos. Essa é a primeira universidade particular tomada por alunos.

As principais reivindicações do grupo são de que, caso aprovada, a emenda afetará alunos bolsistas, beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e também as bolsas de iniciação científica, além dos professores.

A assembleia, que ocorreu no prédio do Instituto de Ciências Humanas (ICH), no câmpus Coração Eucarístico, teve espaço para discursos favoráveis e contrários à ocupação, antes da decisão ser votada. Os presentes opinaram entre: ocupar no próprio dia; ocupar somente depois do Enem; não ocupar. A primeira opção recebeu mais votos, e o próprio prédio do ICH foi ocupado.

A organização garante, através de nota, que não atrapalhará o Enem. "Em respeito aos alunos que pretendem entrar no ensino superior, decidimos que a ocupação respeitará o exame, mas reafirmamos que nossa luta é para que esse mesmo aluno tenha acesso à universidade e sua permanência nela seja assegurada."

Segundo o movimento, todas as decisões são tomadas coletivamente e divulgadas na página do Facebook "OCUPA PUC Minas", que já tem mais de 1.700 de seguidores.

Apesar da grande adesão, alguns alunos são contrários ao movimento. Rafael Bonnano, de 24 anos, é estudante de Jornalismo na instituição e não é a favor da ocupação.

"O aluno que paga mensalidade para ter aula é impedido por um grupo, que protesta pela má administração de recursos de um governo federal que, muito provavelmente, foi eleito por essa mesma parcela que hoje é responsável pelas ocupações", afirma Bonnano.

Em nota, a PUC-Minas se diz aberta ao diálogo com os alunos, desde que o Enem não seja prejudicado. Confira a íntegra da posição da universidade:

"A PUC Minas, diante da ação de sessenta estudantes que ocuparam o pátio externo do Prédio 6 do Câmpus Coração Eucarístico, reafirma sua disposição em dialogarpermanentemente com os alunos e que tem atuado para que os exames do Enem, neste próximo fim de semana, transcorram com normalidade nas unidades e câmpus da universidade.

Para tal, tem promovido diálogo cordial com os representantes deste movimento, que também manifestam preocupação com a garantia de que o Enem aconteça nas instalações da universidade e que os milhares de alunos da PUC-Minas não tenham suas atividades acadêmicas dificultadas."

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