Lula: presidente do PT reforçou que ex-presidente é candidato mesmo preso e que, se ele sair da prisão, ficará efetivamente apto a ser candidato (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de abril de 2018 às 19h34.
Curitiba - A mobilização pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Polícia Federal em Curitiba, pode culminar em uma aliança de partidos de esquerda já no primeiro turno da eleição presidencial, sinalizou a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR).
Após reunião Executiva Nacional do partido que ocorre nesta segunda-feira, 9, o partido lançará uma resolução reafirmando que Lula é pré-candidato mesmo preso e reforçando o discurso de que ele é um "preso político".
"Isso é consequência do que vamos construir a partir de agora. O importante é que as esquerdas estão unidas em defesa da democracia e da liberdade do presidente Lula", disse Gleisi, quando perguntada se acreditava em uma aliança de partidos de esquerda já no primeiro turno das eleições presidenciais.
Os pré-candidatos ao Planalto Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela d'Ávila (PCdoB) se juntaram ao PT durante as mobilizações para defender Lula. Ciro Gomes (PDT), no entanto, ainda não participou de nenhum ato junto com a militância de Lula.
Gleisi reforçou que Lula é candidato mesmo preso e que, se ele sair da prisão, ficará efetivamente apto a ser candidato. "Temos consciência absoluta que o presidente Lula é um preso político e isso vai ficar constando de uma manifestação formal do PT", disse a senadora, falando sobre as deliberações da reunião da Executiva Nacional.
Além disso, ela disse que o partido fará a "reafirmação" da candidatura dele. "Ele é o nosso candidato sob qualquer circunstância, entendemos que a liberdade de Lula é candidatura efetiva à Presidência do Brasil", declarou.