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"O PT já está no segundo turno", diz Geraldo Alckmin

A declaração foi feita durante entrevista no evento Amarelas Ao Vivo, de VEJA, na manhã desta quarta-feira (19) em São Paulo

O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) é entrevistado no fórum Amarelas ao Vivo de VEJA  (Alexandre Schneider/VEJA)

O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) é entrevistado no fórum Amarelas ao Vivo de VEJA (Alexandre Schneider/VEJA)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 19 de setembro de 2018 às 11h16.

Última atualização em 19 de setembro de 2018 às 15h46.

São Paulo – Geraldo Alckmin, candidato à Presidência pelo PSDB, acredita que o PT e seu candidato Fernando Haddad já estão garantidos no segundo turno.

A declaração foi feita durante entrevista no evento Amarelas Ao Vivo, de VEJA, na manhã desta quarta-feira (19) em São Paulo.

Uma pesquisa divulgada pelo Ibope na noite desta terça-feira (18) mostrou que o candidato petista avançou 11 pontos percentuais em uma semana e está hoje isolado no segundo lugar.

A liderança segue com Jair Bolsonaro (PSL) com 28% das intenções de voto, enquanto Alckmin caiu de 9% para 7%, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

“Tem muita gente bem intencionada com voto no Bolsonaro porque não quer a volta do PT (...) Acham que é o caminho para derrotar o PT mas é o contrario, é o passaporte para a volta do PT”, disse Alckmin.

Críticas

Alckmin aproveitou o evento para criticar Bolsonaro; de acordo com o Estadão, acabou o período de cessar fogo da sua campanha após o episódio da facada.

Um dos alvos de Alckmin hoje foram as últimas declarações do general Hamilton Mourão, vice de Bolsonaro, afirmando que seriam "desajustados" aqueles criados pela mãe ou pela avó.

“Não merece nem comentário (...) isso é uma ofensa, mostra bem a cabeça dessas pessoas. É inacreditável, é horrorizante”, disse Alckmin.

Ele também criticou a possibilidade de "fraude" das urnas eletrônicas, levantada por Bolsonaro em vídeo recente: “É uma barbaridade. Ele foi eleito 7 vezes por este processo e nunca questionou”.

Autocrítica

Um dos focos da sabatina foi a entrevista dada por Tasso Jereissati, ex-presidente do PSDB, ao Estadão em que ele levanta quatro erros na atuação do partido nos últimos anos.

A entrevista foi bastante citada por Haddad em sua entrevista no Jornal Nacional como suposta prova de que o PSDB teria sabotado o governo Dilma e por isso teria responsabilidade pela crise econômica.

Alckmin disse hoje que "autocrítica é bom e todos os partidos deveriam fazê-lo" e que Haddad usou "uma avaliação sincera e honesta de forma desonesta".

O candidato do PSDB disse que “querer responsabilizar a oposição que está há 16 anos fora do governo não é adequado” pois o PT não colocou na pauta as reformas econômicas estruturais necessárias.

“O PT não propôs reforma da Previdência, trabalhista, do Estado. O PT não propôs nada, absolutamente nada”. disse Alckmin.

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