PT diz que protestos são consequência dos limites da gestão
Segundo partido, manifestações foram "consequência combinada dos êxitos e dos limites das mudanças realizadas no Brasil"
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2013 às 22h25.
Brasília - O PT divulgou nesta quarta-feira, após mais de uma semana de debates, uma resolução política na qual avaliou que a onda de manifestações populares de junho foi uma "consequência combinada dos êxitos e dos limites das mudanças realizadas no Brasil" ao longo dos últimos 10 anos de sua gestão no país.
O documento, aprovado pelo Diretório Nacional do PT na segunda-feira, traz também críticas à postura dos demais partidos que formam a aliança governista.
"O PT e o governo executaram uma política de alianças com parceiros que não se dispunham -nem se dispõem- a romper com os limites da institucionalidade conservadora", diz um trecho da resolução, fazendo referência à chegada do partido ao poder em 2002.
Os petistas argumentaram que a aliança foi necessária para evitar o "isolamento e a paralisia" do "bloco progressista".
"O caminho trilhado foi dar centralidade a programas que debelassem paulatinamente o modelo rentista, reconstruíssem a estrutura do Estado, melhorassem a distribuição de renda e expandissem o mercado interno de massas como motor da recuperação econômica", segundo o documento.
Para o PT, a reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 e a eleição de Dilma Rousseff em 2010 "pareciam fornecer suficiente combustível político para o avanço do projeto liderado pelo Partido dos Trabalhadores".
"As dificuldades começaram a ser crescentes, porém, quando o sucesso da primeira geração de reformas, baseada na reorientação do orçamento nacional e dos fundos públicos, colocou o país em outro patamar de desafios", diz o documento.
"Neste sentido, é correto dizer que as manifestações são consequência combinada dos êxitos e dos limites das mudanças realizadas no Brasil, ao longo dos últimos 10 anos", afirmou a resolução.
As manifestações populares que levaram cerca de um milhão de pessoas às ruas em junho reivindicavam principalmente a melhoria dos serviços públicos e contestavam a representação política do Congresso e dos governos estaduais e federal.
Para o PT, os manifestantes também criticavam a violência policial na repressão aos protestos. E nesse trecho da resolução, o partido criticou as reações dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que sempre foi aliado do governo federal.
O PT afirmou ainda que "a condução de uma nova etapa do projeto popular exige retificações na linha política do PT e do governo, que se reflitam na atualização do programa e na consolidação de estratégia que expresse a radicalização da democracia." O partido voltou a afirmar que defenderá a proposta de plebiscito para realização de uma reforma política lançada por Dilma como uma resposta às manifestações populares. A ideia do plebiscito, porém, já foi descartada pelo Congresso, que optou por criar um grupo para debater as mudanças no sistema político.
O PT, porém, afirmou que adotará também outra linha de ação pela reforma política.
"O PT apoiará todos os projetos de iniciativa popular, apresentados ao Congresso Nacional, que apontem para a redução da influência do poder econômico nas eleições e que aperfeiçoem os instrumentos de participação popular, e lutará para sua aprovação a tempo de sua aplicação nas eleições de 2014", segundo o documento.
Brasília - O PT divulgou nesta quarta-feira, após mais de uma semana de debates, uma resolução política na qual avaliou que a onda de manifestações populares de junho foi uma "consequência combinada dos êxitos e dos limites das mudanças realizadas no Brasil" ao longo dos últimos 10 anos de sua gestão no país.
O documento, aprovado pelo Diretório Nacional do PT na segunda-feira, traz também críticas à postura dos demais partidos que formam a aliança governista.
"O PT e o governo executaram uma política de alianças com parceiros que não se dispunham -nem se dispõem- a romper com os limites da institucionalidade conservadora", diz um trecho da resolução, fazendo referência à chegada do partido ao poder em 2002.
Os petistas argumentaram que a aliança foi necessária para evitar o "isolamento e a paralisia" do "bloco progressista".
"O caminho trilhado foi dar centralidade a programas que debelassem paulatinamente o modelo rentista, reconstruíssem a estrutura do Estado, melhorassem a distribuição de renda e expandissem o mercado interno de massas como motor da recuperação econômica", segundo o documento.
Para o PT, a reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006 e a eleição de Dilma Rousseff em 2010 "pareciam fornecer suficiente combustível político para o avanço do projeto liderado pelo Partido dos Trabalhadores".
"As dificuldades começaram a ser crescentes, porém, quando o sucesso da primeira geração de reformas, baseada na reorientação do orçamento nacional e dos fundos públicos, colocou o país em outro patamar de desafios", diz o documento.
"Neste sentido, é correto dizer que as manifestações são consequência combinada dos êxitos e dos limites das mudanças realizadas no Brasil, ao longo dos últimos 10 anos", afirmou a resolução.
As manifestações populares que levaram cerca de um milhão de pessoas às ruas em junho reivindicavam principalmente a melhoria dos serviços públicos e contestavam a representação política do Congresso e dos governos estaduais e federal.
Para o PT, os manifestantes também criticavam a violência policial na repressão aos protestos. E nesse trecho da resolução, o partido criticou as reações dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que sempre foi aliado do governo federal.
O PT afirmou ainda que "a condução de uma nova etapa do projeto popular exige retificações na linha política do PT e do governo, que se reflitam na atualização do programa e na consolidação de estratégia que expresse a radicalização da democracia." O partido voltou a afirmar que defenderá a proposta de plebiscito para realização de uma reforma política lançada por Dilma como uma resposta às manifestações populares. A ideia do plebiscito, porém, já foi descartada pelo Congresso, que optou por criar um grupo para debater as mudanças no sistema político.
O PT, porém, afirmou que adotará também outra linha de ação pela reforma política.
"O PT apoiará todos os projetos de iniciativa popular, apresentados ao Congresso Nacional, que apontem para a redução da influência do poder econômico nas eleições e que aperfeiçoem os instrumentos de participação popular, e lutará para sua aprovação a tempo de sua aplicação nas eleições de 2014", segundo o documento.