PT começa a discutir amanhã em Curitiba plano de governo de Lula
Partido organizou debate sobre medidas econômicas do plano no local onde os manifestantes se reúnem diariamente, em frente ao prédio da Polícia Federal
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de maio de 2018 às 17h33.
São Paulo - Insistindo na manutenção da pré-candidatura à Presidência da República do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , condenado em segunda instância e preso em Curitiba , o PT vai começar nesta quinta-feira, 3, a discutir publicamente o plano de governo do petista.
O partido organizou um debate sobre as medidas econômicas do plano para as 16h desta quinta, no local onde os manifestantes pró-Lula se reúnem diariamente, em frente ao prédio da Polícia Federal, na capital paranaense. O ex-presidente está preso em uma sala especial da Superintendência da PF desde o dia 7 de abril.
Conforme divulgação da legenda, o encontro debaterá as "medidas emergenciais para a superação da crise e geração de empregos" do "Plano Lula de Governo".
Ontem, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), leu uma carta escrita por Lula em que ele fala sobre "tempos da prosperidade" durante seu governo e critica o presidente Michel Temer.
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que coordena o plano de governo de Lula, esteve em Curitiba no último dia 24 e anunciou que o partido iria começar as discussões públicas sobre o programa do partido. Apontado como um plano do PT na possível ausência de Lula na eleição, Haddad chegou a conversar com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), também pré-candidato ao Planalto, sobre propostas para o País - o que suscitou especulações sobre uma eventual chapa entre os dois.
O PT deve realizar outros debates públicos até o dia 28 de julho, quando ocorre o encontro nacional da legenda. Na ocasião, o partido realizará sua convenção nacional e deve oficializar o nome de Lula como candidato à Presidência da República, conforme afirmou hoje o líder da legenda na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS).
A estratégia ainda é registrar a candidatura do ex-presidente no dia 15 de agosto, mesmo com a condenação do petista em segunda instância - condição que impede a eleição de políticos pela Lei da Ficha Limpa.