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Na TV, PSDB irá convocar protestos contra Dilma

Apesar de alguns setores do PSDB defenderem a tese, o partido vinha adotando uma postura de cautela ao tratar do assunto

Senador Aécio Neves: "se nós simplesmente desconsiderarmos que elas (as manifestações) existem, nós estaremos fugindo da realidade" (Washington Alves/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2015 às 09h46.

Brasília - O PSDB vai usar as inserções partidárias a que tem direito no rádio e na TV para chamar a população a comparecer aos protestos marcados para o dia 16 de agosto.

Uma das bandeiras dos manifestantes é o impeachment da presidente Dilma Rousseff . A partir desta terça-feira, 28, o PSDB começa a veicular a sua primeira leva de propagandas partidárias.

Essas peças não tratam das manifestações, mas vão trazer os principais nomes da legenda fazendo críticas ao governo.

Presidente do partido, o senador Aécio Neves (MG) alega que o conteúdo das propagandas de 30 segundos que irão ao ar na próxima semana atende a uma cobrança dos eleitores do PSDB, que pedem uma aproximação maior da legenda com os movimentos que organizam os atos.

"Se nós simplesmente desconsiderarmos que elas (as manifestações) existem, nós estaremos fugindo da realidade", disse Aécio. Será a primeira vez que o PSDB vai se manifestar de maneira mais explícita a favor da realização dos protestos.

Nos outros dois atos que aconteceram este ano - 15 de março e 12 de abril -, o partido e suas lideranças deram um apoio tímido aos atos, divulgando os eventos apenas nas redes sociais. Aécio, inclusive, foi criticado pelos diversos grupos que organizaram os eventos por não levantar a bandeira do impeachment.

Apesar de alguns setores do PSDB defenderem a tese, o partido vinha adotando uma postura de cautela ao tratar do assunto. Diante do agravamento da crise, porém, as principais lideranças do partido passaram a apoiar o impedimento da presidente Dilma Rousseff.

Na segunda-feira, 27, Aécio criticou a tentativa do Palácio do Planalto de buscar apoio dos governadores diante da possível rejeição das contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Ele classificou o encontro, marcado para a quinta-feira, como um pedido de socorro.

"Eu não vou recomendar que os governadores deixem de aceitar um convite da presidente da República, mas o PSDB não está disposto a ajudar a salvar aquilo que não deve ser salvo", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo - Estão programadas para este final de semana dezenas de manifestações contrárias ao governo. Entre os manifestantes que marcham contra o governo de Dilma Rousseff , estão aqueles que pedem pelo impeachment da presidente. O afastamento da presidente, no entanto, não é unanimidade nem mesmo entre os políticos de oposição. Aécio Neves (PSDB), por exemplo, que tem feito forte oposição ao governo petista desde o final das eleições, já disse que é contra o impeachment. Marina Silva, adversária de Dilma nas eleições do ano passado, também concorda que esta não é a solução para os problemas do país.  Há também quem já esteja se movimentando para instaurar um processo de impeachment contra a presidente. É o caso de Paulinho da Força, do Solidariedade, e Jair Bolsonaro, do PP.  Veja nas frases a seguir o que personalidades da política falaram sobre o tema.
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  • 13. Veja agora a entrevista completa com o jurista Ives Gandra sobre impeachment

    13 /13(REUTERS/Ueslei Marcelino)

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