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PSDB pode abrir mão da Câmara por apoio em 2017, diz Aécio

O tucano admitiu que é preciso ter "atenção" com partidos do Centrão, que ganharam espaço político na gestão Temer e que devem lançar candidatos

Aécio Neves: Tucano admitiu que é preciso ter "atenção" com partidos do Centrão (Ueslei Marcelino / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2016 às 09h12.

Brasília - O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), sinalizou, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado, que o partido pode deixar de lançar candidato à sucessão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em troca do apoio do governo Michel Temer para comandar a Casa nos próximos dois anos. O líder do partido na Câmara dos Deputados, Antônio Imbassahy (BA), está entre os cotados para o mandato-tampão até o ano que vem.

Aécio afirma que o foco está na "governabilidade", mas fala em "reciprocidade" com o PMDB a partir de 2017 ao defender que o PSDB tenha "protagonismo". Em fevereiro do próximo ano, quando haverá renovação das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, a preocupação é que o PMDB não tenha hegemonia da agenda do Congresso e não ocupe os dois principais cargos da linha sucessória da Presidência da República, que também pode ficar com o partido caso o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff seja aprovado no segundo semestre.

"Interessa ao governo Michel ter um acordo programático e mais sólido e passa por uma reciprocidade. Vejo disposição do governo em relação a isso", disse Aécio, ao considerar que esse acordo é importante para se aprovar as reformas.

O tucano admitiu que é preciso ter "atenção" em relação aos partidos do Centrão, que ganharam espaço político na gestão Temer e que devem lançar candidatos. Mas contemporizou ao dizer que essas legendas sempre foram aliadas do PSDB. "É absolutamente possível manter o apoio com esse grupo político sem desprezar a relevância de ter apoios de partidos sintonizados com a sociedade como é o caso do PSDB", afirmou.

Aécio também disse que o "sentimento" no PSDB é de apoiar a cassação de Cunha e afirmou não acreditar num acordo de Temer para salvar o mandato do peemedebista. "Ele não cometeria um equívoco primário", afirmou.

Governo

Sobre o apoio ao governo Temer, Aécio alertou para os "sinais trocados e preocupantes" na condução da economia às vésperas de completar dois meses da gestão e alertou que não há um apoio "cego" do PSDB à gestão do peemedebista na Presidência.

Em meio à grave crise das contas públicas, o tucano criticou o fato de que, ao mesmo tempo em que o governo anunciou uma meta fiscal extremamente rigorosa, cedeu a pressões para conceder reajustes ao funcionalismo público. "Ele (Temer) teve o mérito de montar uma equipe econômica qualificada, mas esses sinais trocados foram o ponto negativo nesse início de governo. Há tempo para corrigir ainda? Espero que sim. Nós apoiamos por responsabilidade com o País, mas não apoiamos cegamente", afirmou o tucano.

Para Aécio, a partir de agosto, passada a votação do impeachment da presidente afastada, será o momento crucial para o governo tomar medidas de contenção de despesas, como a reforma da Previdência . "Será o momento de colocar em prática a agenda de reformas estruturais que ele sempre nos garantiu que faria", disse o tucano, incluindo as reformas trabalhista e política na lista.

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Brasília - O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), sinalizou, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado, que o partido pode deixar de lançar candidato à sucessão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em troca do apoio do governo Michel Temer para comandar a Casa nos próximos dois anos. O líder do partido na Câmara dos Deputados, Antônio Imbassahy (BA), está entre os cotados para o mandato-tampão até o ano que vem.

Aécio afirma que o foco está na "governabilidade", mas fala em "reciprocidade" com o PMDB a partir de 2017 ao defender que o PSDB tenha "protagonismo". Em fevereiro do próximo ano, quando haverá renovação das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, a preocupação é que o PMDB não tenha hegemonia da agenda do Congresso e não ocupe os dois principais cargos da linha sucessória da Presidência da República, que também pode ficar com o partido caso o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff seja aprovado no segundo semestre.

"Interessa ao governo Michel ter um acordo programático e mais sólido e passa por uma reciprocidade. Vejo disposição do governo em relação a isso", disse Aécio, ao considerar que esse acordo é importante para se aprovar as reformas.

O tucano admitiu que é preciso ter "atenção" em relação aos partidos do Centrão, que ganharam espaço político na gestão Temer e que devem lançar candidatos. Mas contemporizou ao dizer que essas legendas sempre foram aliadas do PSDB. "É absolutamente possível manter o apoio com esse grupo político sem desprezar a relevância de ter apoios de partidos sintonizados com a sociedade como é o caso do PSDB", afirmou.

Aécio também disse que o "sentimento" no PSDB é de apoiar a cassação de Cunha e afirmou não acreditar num acordo de Temer para salvar o mandato do peemedebista. "Ele não cometeria um equívoco primário", afirmou.

Governo

Sobre o apoio ao governo Temer, Aécio alertou para os "sinais trocados e preocupantes" na condução da economia às vésperas de completar dois meses da gestão e alertou que não há um apoio "cego" do PSDB à gestão do peemedebista na Presidência.

Em meio à grave crise das contas públicas, o tucano criticou o fato de que, ao mesmo tempo em que o governo anunciou uma meta fiscal extremamente rigorosa, cedeu a pressões para conceder reajustes ao funcionalismo público. "Ele (Temer) teve o mérito de montar uma equipe econômica qualificada, mas esses sinais trocados foram o ponto negativo nesse início de governo. Há tempo para corrigir ainda? Espero que sim. Nós apoiamos por responsabilidade com o País, mas não apoiamos cegamente", afirmou o tucano.

Para Aécio, a partir de agosto, passada a votação do impeachment da presidente afastada, será o momento crucial para o governo tomar medidas de contenção de despesas, como a reforma da Previdência . "Será o momento de colocar em prática a agenda de reformas estruturais que ele sempre nos garantiu que faria", disse o tucano, incluindo as reformas trabalhista e política na lista.

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