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PSDB e PT analisam aliança entre Marina e Campos

Os petistas acham que Aécio Neves é o principal prejudicado pelo anúncio, enquanto os tucanos acreditam que a notícia fortalece a oposição à Dilma


	Marina Silva e Eduardo Campos: o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ter ficado "feliz" com o acordo da ex-ministra do Meio Ambiente com o governador de Pernambuco
 (José Cruz/ABr)

Marina Silva e Eduardo Campos: o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou ter ficado "feliz" com o acordo da ex-ministra do Meio Ambiente com o governador de Pernambuco (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 11h50.

Brasília - Petistas, tucanos e seus aliados entraram numa disputa pela "melhor tradução" do anúncio da parceria entre a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Os primeiros afirmam que o projeto de Aécio Neves, senador mineiro que deve ser o nome do PSDB na sucessão ao Planalto, é o principal atingido pelo acordo. Já os segundos adotaram o discurso de que a aliança de Marina e Campos, dois antigos aliados dos petistas, fortalecerá a oposição à presidente Dilma Rousseff.

O senador paulista Aloysio Nunes (PSDB) tem a seguinte avaliação: "A semana que passou terminou bem para a oposição e mal para o governo. O (José) Serra ficou no PSDB e a Marina fortaleceu o PSB, o que no meu entender leva a uma eleição com muita chance de vitória das forças que querem uma mudança".

Para o senador, mesmo com a possibilidade de uma chapa com Campos e Marina, o PSDB é o partido mais credenciado para disputar o 2.º turno em 2014.

Ao participar de evento ontem, 6, na zona leste da capital paulista, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tentará reeleição no ano que vem, afirmou ter ficado "feliz" com o acordo da ex-ministra do Meio Ambiente com o governador de Pernambuco para a disputa ao Planalto. Disse não acreditar que a parceria prejudique a candidatura de Aécio ao Planalto.


"Estava preocupado de ela (Marina) não se filiar a nenhum partido e se autoexcluir do processo eleitoral", disse o governador, referindo-se ao fato de a Rede, partido que a ex-ministra queria criar, ter sido rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral por falta de assinaturas de apoio. "Fiquei feliz com ela ter se filiado porque isso garante a sua participação no cenário político-eleitoral do ano que vem. Fortalece a democracia."

O ex-ministro José Dirceu, ainda influente no PT apesar de condenado no julgamento do mensalão, defendeu a tese de enfraquecimento do projeto de Aécio. "Na ocasião, em abril, chamávamos atenção para o fato de a Rede enfrentar dificuldades para sua criação. E que a candidatura de Marina não atendia a estratégia da oposição. Daí a união com um candidato da oposição", escreveu Dirceu em seu blog na internet.

"De qualquer forma, essa mudança do quadro eleitoral não é necessariamente contra a presidenta Dilma Rousseff e o PT. Pode ser que Aécio Neves seja o principal perdedor. Basta avaliar o novo cenário, se tudo se confirmar no final do prazo legal", acrescentou. "Mas sem dúvida a aliança Marina-Eduardo muda o quadro eleitoral de 2014."

Líder do PT na Câmara, o deputado federal cearense José Nobre Guimarães, no Twitter, bateu na mesma tecla. "Quem deve estar muito preocupado com essa aliança é o PSDB", escreveu o petista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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