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PSDB e PMDB: união de interesses

O PSDB continua reunido em Brasília para decidir os rumos do partido. Mas no que mais importa, a definição sobre se fica ou se sai da base de Michel Temer, está fechado. O PMDB afirmou à cúpula do partido que, se o partido ficar onde está, ganha apoio na corrida presidencial de 2018. Ou seja: […]

 (José Cruz/Agência Brasil)

(José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2017 às 19h03.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h50.

O PSDB continua reunido em Brasília para decidir os rumos do partido. Mas no que mais importa, a definição sobre se fica ou se sai da base de Michel Temer, está fechado. O PMDB afirmou à cúpula do partido que, se o partido ficar onde está, ganha apoio na corrida presidencial de 2018. Ou seja: em troca de apoio imediato para segurar o que sobra do governo, o PMDB vai engrossar as fileiras tucanas nas próximas eleições. A informação é da jornalista Andrea Sadi, do portal G1.

Em todo o período democrático, o PMDB foi o coadjuvante dos governos do PT e PSDB. Apesar dos pesares, continua como a maior base do congresso. E isso, para o PSDB, é essencial neste momento. O partido, afinal, está sem rumo com seu presidente Aécio Neves afastado em meio a graves denúncias de corrupção.

 

Desde que a delação de Joesley Batista, do grupo J&F, veio à tona, o PSDB dividiu-se em alas que pressionam pela saída do governo e que defendem a união. Mirando em 2018, o primeiro grupo acredita que a aliança é nociva para a moral do partido, o que reflete nas urnas. Para o segundo grupo, de políticos mais experientes, romper em maus lençóis com o PMDB pode tirar potencial de máquina partidária que uma coligação teria no pleito para presidente.

Oficialmente, o PSDB coloca como agenda prioritária as reformas. Para o presidenciável e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, isso não implica em compromisso com Michel Temer. “O importante é a decisão do PSDB de apoiar todas as medidas e as reformas. Se vai ter ministro, se não vai ter ministro, é secundário. O importante é o compromisso do PSDB com o Brasil e nós não precisamos ter ministro ou não ter ministro para isso”, disse Alckmin nesta segunda-feira. Ainda assim, nenhum dos quatro ministros do partido deixou sua cadeira — são eles Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Bruno Araújo (Cidades) e Luislinda Valois (Direitos Humanos). Se não há amor nesta união, interesse não falta.

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