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PSDB apoia distritão como "transição" para parlamentarismo

Tasso Jereissati salientou que o partido é a favor da cláusula de barreira, fim do sistema proporcional para 2018 e a questão do voto distrital misto

Tasso Jereissati: "Vamos levar o distrital misto para chegarmos ao parlamentarismo para 2022" (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Tasso Jereissati: "Vamos levar o distrital misto para chegarmos ao parlamentarismo para 2022" (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 16h41.

Brasília - O presidente em exercício do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse nesta quarta-feira, 9, que o PSDB vai apoiar três principais pontos no debate da reforma política, discutida atualmente no Congresso Nacional: a criação de cláusula de barreira, o fim do sistema proporcional já em 2018 e o sistema conhecido de voto distrital misto.

O presidente tucano admitiu, no entanto, que o partido pode apoiar outro sistema sugerido pelos parlamentares, o distritão.

Ele salientou, no entanto, que tanto o apoio ao distritão quanto ao distrital misto ficarão condicionados à uma transição para o sistema parlamentarista.

"Nossas posições são a favor da cláusula de barreira, fim do sistema proporcional para 2018 e a questão do voto distrital misto. Mas nós vamos levar o distrital misto para chegarmos ao parlamentarismo para 2022", explicou após reunião ampliada da Executiva Nacional do PSDB, realizada na sede do partido.

Participaram do encontro nomes como os ministros Bruno Araújo (Cidades), Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).

Além deles, os senadores José Serra (SP), Ricardo Ferraço (ES) e Cássio Cunha Lima (PB) também marcaram presença.

Sobre a posição da legenda em relação ao financiamento de campanha, Tasso defendeu, mas como posição pessoal, a realização de um plebiscito popular.

"Não existe consenso no PSDB, isso vai ser discutido. Nós não discutimos isso aqui. Sou favorável que isso vá pra plebiscito. A população vai dizer se o financiamento será com doação privada, com regras e limites, ou com fundo público", argumentou.

Outro que participou da reunião foi o senador Aécio Neves (MG), presidente licenciado na sigla. Ele ficou pouco tempo no encontro, mas, na saída, falou sobre como presidente da legenda.

"Continuarei ao lado do senador Tasso e da Executiva, contribuindo para que nos apresentemos o mais rapidamente possível novamente como o partido mais apto a liderar um grande tempo de mudanças estruturais no país", enfatizou Aécio, antes de minimizar qualquer possibilidade de os tucanos desembarcarem do governo Michel Temer.

"Essa questão, a meu ver, está superada. Essa não é a pauta do PSDB hoje. O PSDB se manifestou na Câmara dos Deputados de forma absolutamente livre. Cada parlamentar ali se posicionou em razão das suas convicções e obviamente também da sua consciência. E o que nos une hoje é o compromisso com as reformas. A minha fala inicial foi chamando a unidade do partido em torno da reforma política, em torno da reforma previdenciária, em torno da simplificação do sistema tributário", complementou.

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