Brasil

PSD vira partido estratégico para 2014

O PSD - que, segundo o próprio Kassab, não é "nem de esquerda, direita ou centro" - tem vínculos com todos os principais partidos que vão para a disputa daqui a dois anos


	O fundador do PSD, Gilberto Kassab: Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos disputam o apoio do PSD nas eleições presidenciais de 2014
 (Prefeitura de SP/Divulgação)

O fundador do PSD, Gilberto Kassab: Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos disputam o apoio do PSD nas eleições presidenciais de 2014 (Prefeitura de SP/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 11h11.

Brasília - O recém-criado PSD do prefeito Gilberto Kassab tornou-se um partido estratégico para os três potenciais candidatos principais à Presidência em 2014: a presidente Dilma Rousseff, do PT, que vai disputar a reeleição, o senador Aécio Neves, do PSDB, já lançado à disputa pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, que estuda a possibilidade de brigar também pelo posto.

O PSD - que, segundo o próprio Kassab, não é "nem de esquerda, direita ou centro" - tem vínculos com todos os principais partidos que vão para a disputa daqui a dois anos. Kassab mantém-se próximo da presidente Dilma Rousseff, de Aécio Neves e de Eduardo Campos.

Mas, por ter oferecido um ministério ao partido - por enquanto a ainda não criada Secretaria das Micro e Pequenas Empresas -, a presidente Dilma ganhou a dianteira na disputa. "Eu diria que, nesse momento, a tendência é ficarmos com a presidente Dilma", disse o líder do partido na Câmara, deputado Guilherme Campos (SP).

Outros parlamentares do PSD, no entanto, afirmam que os três candidatos podem ganhar a adesão da nova legenda. Lembram, por exemplo, que o PSB de Eduardo Campos foi de importância fundamental para a criação do novo partido, principalmente em Estados do Sul e no Nordeste.


Portanto, a gratidão permanece e não será surpresa se, numa eventual candidatura do governador de Pernambuco, o PSD venha a marchar com ele. E com o PSDB eles sempre trabalharam juntos com Aécio Neves e com o ex-governador José Serra.

Já Dilma Rousseff não quer perder tempo. No dia 29 ela recebeu o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), no Palácio do Planalto, juntamente com Gilberto Kassab. Na reunião, Dilma reiterou o convite para que o PSD passe a integrar sua base aliada - oferecendo, em troca, um ministério -, e consultou Afif Domingos sobre uma lei aprovada pelo Congresso que determina a discriminação na nota fiscal dos impostos pagos pelo contribuinte. A presidente disse a Afif Domingos que a opinião dele era muito importante para a decisão.

De acordo com informação de petistas que têm conversado com Dilma sobre o quadro partidário e sobre 2014, a presidente trabalha com a possibilidade de Eduardo Campos entrar mesmo na disputa à Presidência daqui a dois anos. Em uma conversa que ela teve um grupo de petistas, Dilma comentou: "O Eduardo gosta muito do presidente Lula e da gente, de forma individual, mas não gosta de nossa família (o PT)". 

Acompanhe tudo sobre:Gilberto KassabPartidos políticosPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPrefeitosPSD – Partido Social Democrático

Mais de Brasil

Governo cria sistema de emissão de carteira nacional da pessoa com TEA

Governo de SP usará drones para estimar número de morte de peixes após contaminação de rios

8/1: Dobra número de investigados por atos golpistas que pediram refúgio na Argentina, estima PF

PEC que anistia partidos só deve ser votada em agosto no Senado

Mais na Exame