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PSB se diz supreso com denúncia contra Campos

Segundo Paulo Roberto Costa, ex-governador teria recebido R$ 20 milhões desviados da Petrobras para a campanha de reeleição

Eduardo Campos: ex-governador teria recebido R$ 20 milhões desviados da Petrobras (Elza Fiúza/Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 17h22.

Brasília - O presidente do PSB , Carlos Siqueira, afirmou em entrevista ao Broadcast Ao Vivo que a legenda recebeu com "surpresa" a denúncia do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de que Eduardo Campos teria recebido R$ 20 milhões desviados da estatal para a campanha de reeleição ao governo de Pernambuco, em 2010.

Ele disse que os integrantes da cúpula do PSB não estão "absolutamente convencidos de que esse fato tenha ocorrido" e cobrou uma investigação rigorosa no âmbito da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal.

"Nós recebemos isso com surpresa, porque não acreditamos que tenha acontecido. Achamos que por isso mesmo não temos nenhum medo de investigações, que devem prosseguir. Nós não estamos absolutamente convencidos de que esse fato tenha ocorrido. Não sabemos porque surgiu (a denúncia) e, por isso, achamos importante que haja apuração com rigor", disse.

Em reportagem publicada na semana passada, o jornal O Estado S. Paulo revelou trecho da delação premiada de Costa ao Ministério Público Federal, no qual o ex-diretor da Petrobras afirma ter intermediado o pagamento de R$ 20 milhões para o caixa 2 de campanha de Campos, em 2010.

Na época, ele disputou a recondução ao governo de Pernambuco e obteve 80% dos votos.

Segundo Costa, o operador da transação foi o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra, eleito senador pelo PSB de Pernambuco e ex-braço direito de Campos, morto em acidente aéreo neste ano.

Siqueira afirmou que nenhuma campanha de Campos custou R$ 20 milhões. Em 2010, a campanha custou cerca de R$ 13,8 milhões, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Eu conheci Eduardo muito de perto - fui secretário do avô dele (ex-governador Miguel Arraes) e do partido quando o avô dele foi presidente - e sei como as campanhas do Pernambuco foram feitas. As campanhas do Pernambuco nunca tiveram muito dinheiro", relatou.

"As campanhas de Eduardo nunca foram das mais caras e nunca custaram esse valor de R$ 20 milhões."

CPI

O presidente do PSB disse que não poderia "dizer de forma taxativa" se o partido apoiaria a continuidade da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta no Senado para apurar irregularidades envolvendo a Petrobras e partidos políticos.

O esquema de financiamento de partidos políticos por meio de pagamentos regulares a partir do repasse de dinheiro de fornecedores contratados pela estatal pode envolver cerca de R$ 10 bilhões, conforme estimativa informal a partir das delações de Costa e do doleiro Alberto Youssef, presos pela Lava Jato.

Siqueira se reúne com a bancada eleita na Câmara e no Senado na próxima semana e deve colocar o tema em pauta. Com o ano legislativo chegando ao fim, a continuidade da investigação do Congresso exige que seja instalada uma nova CPI em 2015.

"A trajetória do PSB nunca procurou encobrir absolutamente nada. Se houver necessidade de uma nova CPI, de aprofundar essa investigação, nós estaremos juntos como estivemos desde a instalação (da atual CPI)", disse.

A reprise da entrevista está disponível em seu terminal Broadcast+ na Broadcast TV e no Broadcast Político na seção mais vídeos.

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Brasília - O presidente do PSB , Carlos Siqueira, afirmou em entrevista ao Broadcast Ao Vivo que a legenda recebeu com "surpresa" a denúncia do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de que Eduardo Campos teria recebido R$ 20 milhões desviados da estatal para a campanha de reeleição ao governo de Pernambuco, em 2010.

Ele disse que os integrantes da cúpula do PSB não estão "absolutamente convencidos de que esse fato tenha ocorrido" e cobrou uma investigação rigorosa no âmbito da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal.

"Nós recebemos isso com surpresa, porque não acreditamos que tenha acontecido. Achamos que por isso mesmo não temos nenhum medo de investigações, que devem prosseguir. Nós não estamos absolutamente convencidos de que esse fato tenha ocorrido. Não sabemos porque surgiu (a denúncia) e, por isso, achamos importante que haja apuração com rigor", disse.

Em reportagem publicada na semana passada, o jornal O Estado S. Paulo revelou trecho da delação premiada de Costa ao Ministério Público Federal, no qual o ex-diretor da Petrobras afirma ter intermediado o pagamento de R$ 20 milhões para o caixa 2 de campanha de Campos, em 2010.

Na época, ele disputou a recondução ao governo de Pernambuco e obteve 80% dos votos.

Segundo Costa, o operador da transação foi o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra, eleito senador pelo PSB de Pernambuco e ex-braço direito de Campos, morto em acidente aéreo neste ano.

Siqueira afirmou que nenhuma campanha de Campos custou R$ 20 milhões. Em 2010, a campanha custou cerca de R$ 13,8 milhões, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Eu conheci Eduardo muito de perto - fui secretário do avô dele (ex-governador Miguel Arraes) e do partido quando o avô dele foi presidente - e sei como as campanhas do Pernambuco foram feitas. As campanhas do Pernambuco nunca tiveram muito dinheiro", relatou.

"As campanhas de Eduardo nunca foram das mais caras e nunca custaram esse valor de R$ 20 milhões."

CPI

O presidente do PSB disse que não poderia "dizer de forma taxativa" se o partido apoiaria a continuidade da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta no Senado para apurar irregularidades envolvendo a Petrobras e partidos políticos.

O esquema de financiamento de partidos políticos por meio de pagamentos regulares a partir do repasse de dinheiro de fornecedores contratados pela estatal pode envolver cerca de R$ 10 bilhões, conforme estimativa informal a partir das delações de Costa e do doleiro Alberto Youssef, presos pela Lava Jato.

Siqueira se reúne com a bancada eleita na Câmara e no Senado na próxima semana e deve colocar o tema em pauta. Com o ano legislativo chegando ao fim, a continuidade da investigação do Congresso exige que seja instalada uma nova CPI em 2015.

"A trajetória do PSB nunca procurou encobrir absolutamente nada. Se houver necessidade de uma nova CPI, de aprofundar essa investigação, nós estaremos juntos como estivemos desde a instalação (da atual CPI)", disse.

A reprise da entrevista está disponível em seu terminal Broadcast+ na Broadcast TV e no Broadcast Político na seção mais vídeos.

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