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PSB resistiu mais a Eduardo Campos do que a Barbosa, diz líder da sigla

Segundo Carlos Siqueira, a candidatura de Campos não foi fácil, mas a do ex-ministro do STF neste ano teve uma excelente receptividade

Barbosa: na ocasião em que Campos foi o candidato ao Palácio do Planalto, a sigla perdeu nomes como o de Ciro Gomes, que migrou para o PDT (Nelson Jr./SCO/STF/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de abril de 2018 às 10h29.

Última atualização em 20 de abril de 2018 às 10h30.

O presidente nacional do PSB , Carlos Siqueira, minimizou na manhã desta sexta-feira, 20, em entrevista à Rádio Eldorado, as resistências dentro do próprio partido para a consolidação da provável candidatura do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa à Presidência da República nessas eleições.

"A candidatura Eduardo Campos (presidenciável da sigla no pleito passado, morto em acidente aéreo em plena campanha) teve mais resistência no PSB do que Joaquim Barbosa. Construímos a candidatura Eduardo Campos com muita dificuldade, não foi fácil" disse Siqueira, emendando que "Joaquim Barbosa teve excelente receptividade no partido".

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Ele lembrou que, que na ocasião em que Campos foi o candidato ao Palácio do Planalto, a sigla perdeu nomes como o de Ciro Gomes, que migrou para o PDT e também é pré-candidato nas eleições gerais de outubro deste ano.

Na entrevista, o presidente do PSB demonstrou otimismo com uma candidatura do ex-presidente do Supremo ao Palácio do Planalto. "Acredito muito nessa hipótese. Não estou pessimista com relação à candidatura de Joaquim Barbosa, temos de ter tempo para discutir uma candidatura presidencial", frisou, argumentando que a sigla não tem pressa e que não pretende apresentar um candidato só porque ele tem bons pontos nas pesquisas de intenção de voto.

O dirigente teceu elogios ao novo filiado: "Barbosa é um homem muito preparado, é muito mais político do que as pessoas imaginam, pode oxigenar a política brasileira e sempre diz o que pensa."

Carlos Siqueira destacou ainda que a sigla não pretende impor nenhum programa a Barbosa, mas sim construir conjuntamente as propostas. E que a cautela em anunciar o nome do presidenciável da sigla reflete justamente a responsabilidade com os compromissos que ele poderá a vir assumir. "Queremos apresentar um candidato que possa renovar o Brasil", disse. Siqueira reiterou acreditar num consenso para viabilizar a candidatura do ex-ministro do STF.

Sobre as discussões de uma eventual coligação com a presidenciável da Rede, Marina Silva, o presidente do PSB disse que isso não está em pauta neste momento. "Não discutimos composição com Marina Silva, ela tem a candidatura dela e nós teremos a nossa. Claro que aceitaremos alianças, mas ainda não estamos discutindo isso agora."

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