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PSB e PSDB podem se beneficiar da derrota de Marina

Líderes de ambos os partidos já começaram a simular formas de herdar os votos da ex-ministra obtidos na eleição de 2010

Marina Silva: ex-senadora é a segunda colocada nas pesquisas de intenção de voto para as esleições de 2014 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 23h13.

Brasília - O PSDB do senador Aécio Neves e o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, consideram que a rejeição pelo Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) da criação da Rede Sustentabilidade pode ser benéfica para as candidaturas dos dois partidos à Presidência da República no ano que vem, caso a ex-senadora Marina Silva não opte por se candidatar por outro partido. Embora seus líderes tenham dito que lamentam pelos eleitores que poderão ficar impedidos de votar em Marina - e por ela própria -, eles já começaram a simular formas de herdar os votos da ex-ministra obtidos na eleição de 2010 (19.636.359).

No PSDB, a avaliação é de que boa parte dos votos que iriam para a Rede Sustentabilidade poderá migrar, com a provável ausência de Marina no pleito, para os partidos de oposição, pois a ex-senadora não era mais identificada com nenhuma parte do governo. Pelo contrário, ela vinha se tornando uma crítica do governo Dilma, tanto na parte que se refere ao meio ambiente e à sustentabilidade, quanto na forma como o Palácio do Planalto toca a economia e faz política, à base do loteamento de espaços na Esplanada dos Ministérios e em estatais.

Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência, disse que acompanhou desde o início o esforço de Marina para formação da Rede. "Fomos solidários a ela, inclusive, quando a truculência do PT se fez mais presente na tentativa de impedi-la de alcançar seu objetivo no Congresso." O senador disse lamentar a decisão do TSE, embora tenha de aceitá-la. Já o PSB entende que a ausência de Marina, se confirmada por ela na coletiva que pretende dar nesta sexta-feira, 04, abrirá forte possibilidade para que Eduardo Campos apareça como o nome novo da eleição presidencial do ano que vem.

"Marina é porta-voz da mudança, o que se assemelha ao nosso discurso, de fugir da dicotomia entre PSDB e PT, existente nos últimos vinte anos. O Brasil se cansou dessa luta. Esse círculo se encerrou. A candidatura de Eduardo Campos é uma candidatura nova, que aponta para um cenário novo, para novo ciclo de desenvolvimento econômico e avanços sociais", afirmou o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS). "Lamentamos, no entanto, que Marina não tenha conseguido seu partido", completou.

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), que ainda tem esperanças na entrada de Marina Silva em seu partido para viabilizar a candidatura à Presidência no ano que vem, disse que não é hora de ficar falando sobre a possibilidade de abrigar a ex-ministra. "Não depende de nós, mas dela", afirmou.

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Brasília - O PSDB do senador Aécio Neves e o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, consideram que a rejeição pelo Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) da criação da Rede Sustentabilidade pode ser benéfica para as candidaturas dos dois partidos à Presidência da República no ano que vem, caso a ex-senadora Marina Silva não opte por se candidatar por outro partido. Embora seus líderes tenham dito que lamentam pelos eleitores que poderão ficar impedidos de votar em Marina - e por ela própria -, eles já começaram a simular formas de herdar os votos da ex-ministra obtidos na eleição de 2010 (19.636.359).

No PSDB, a avaliação é de que boa parte dos votos que iriam para a Rede Sustentabilidade poderá migrar, com a provável ausência de Marina no pleito, para os partidos de oposição, pois a ex-senadora não era mais identificada com nenhuma parte do governo. Pelo contrário, ela vinha se tornando uma crítica do governo Dilma, tanto na parte que se refere ao meio ambiente e à sustentabilidade, quanto na forma como o Palácio do Planalto toca a economia e faz política, à base do loteamento de espaços na Esplanada dos Ministérios e em estatais.

Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência, disse que acompanhou desde o início o esforço de Marina para formação da Rede. "Fomos solidários a ela, inclusive, quando a truculência do PT se fez mais presente na tentativa de impedi-la de alcançar seu objetivo no Congresso." O senador disse lamentar a decisão do TSE, embora tenha de aceitá-la. Já o PSB entende que a ausência de Marina, se confirmada por ela na coletiva que pretende dar nesta sexta-feira, 04, abrirá forte possibilidade para que Eduardo Campos apareça como o nome novo da eleição presidencial do ano que vem.

"Marina é porta-voz da mudança, o que se assemelha ao nosso discurso, de fugir da dicotomia entre PSDB e PT, existente nos últimos vinte anos. O Brasil se cansou dessa luta. Esse círculo se encerrou. A candidatura de Eduardo Campos é uma candidatura nova, que aponta para um cenário novo, para novo ciclo de desenvolvimento econômico e avanços sociais", afirmou o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS). "Lamentamos, no entanto, que Marina não tenha conseguido seu partido", completou.

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), que ainda tem esperanças na entrada de Marina Silva em seu partido para viabilizar a candidatura à Presidência no ano que vem, disse que não é hora de ficar falando sobre a possibilidade de abrigar a ex-ministra. "Não depende de nós, mas dela", afirmou.

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