Brasil

PSB decide não apoiar nenhum candidato a presidente

Por aclamação e sem abstenções, o PSB decidiu neste domingo (5), em convenção nacional, não apoiar formalmente presidenciáveis na disputa eleitoral

Carlos Siqueira, do PSB: a aposta é que, com esse formato, o partido consiga emplacar os dez nomes do PSB que disputam governos estaduais (Reprodução/PSB/Humberto Pradera/Reprodução)

Carlos Siqueira, do PSB: a aposta é que, com esse formato, o partido consiga emplacar os dez nomes do PSB que disputam governos estaduais (Reprodução/PSB/Humberto Pradera/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de agosto de 2018 às 14h13.

Última atualização em 5 de agosto de 2018 às 14h16.

Por aclamação e sem abstenções, o PSB decidiu neste domingo (5), em convenção nacional, não apoiar formalmente presidenciáveis na disputa eleitoral de outubro ou fazer coligações com outros partidos. A aposta é que, com esse formato, o partido consiga emplacar os dez nomes do PSB que disputam governos estaduais, além dos 11 candidatos ao Senado pela legenda. Com essa decisão, a legenda pretende formar alianças de centro-esquerda com orientação para uma agenda progressista nas disputas regionais.

O partido chegou a analisar a proposta apoiar Ciro Gomes, que teve nome aprovado pelo PDT no primeiro dia de convenções (20 de julho), mas a iniciativa foi derrotada.

Na prática, haveria um acordo com o PT para apoiar candidatos do PSB em, pelo menos, quatro estados - Pernambuco, Amapá, Amazonas e Paraíba - além da possibilidade de inclusão de Tocantins. Em contrapartida, o PSB daria apoio aos petistas que disputam os governos do Acre, da Bahia, do Ceará e do Rio Grande do Norte. Neste formato, os socialistas teriam liberdade ainda para alianças com outras legendas como o PDT, buscando o fortalecimento da base nos estados.

A não coligação nacional era um dos três caminhos que o PSB definiu como possíveis durante um congresso da legenda em março deste ano. A primeira e mais desejada proposta, na época, seria o de candidatura própria para Presidência, mas que foi inviabilizada em maio, quando o então nome apoiado pelo PSB - o de Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF - anunciou que não disputaria as eleições.

Disputas internas

Enquanto a votação sobre o apoio ou não a um presidenciável foi tranquila, as discussões sobre as divergências nos estados esquentam o debate. Desde o momento do credenciamento, cartazes, faixas e gritos de protesto e de ordem de diferentes correntes do partido nos estados - como Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde a escolha de candidatos foi marcada por fortes divergências - sinalizavam qual seria a temperatura da convenção. O primeiro recurso a ser votado foi em relação à candidatura de Márcio Lacerda, em Minas Gerais, que, por decisão da presidência do partido acabou sendo anulada.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018Partidos políticosPSB – Partido Socialista Brasileiro

Mais de Brasil

Governo transfere R$ 6,5 bilhões para fundo de reconstrução do Rio Grande do Sul

Defesa de Daniel Silveira alega que ida ao shopping não feriu cautelar, mas saída era proibida

Risco de desabamento suspende buscas na ponte entre Maranhão e Tocantins