Brasil

Próximo a novos recordes de covid-19, SP deve endurecer quarentena nesta sexta (15)

Pelo menos cinco regiões já tem uma média de ocupação de UTI's suficientes para regredir para a fase laranja, que traz mais restrições às atividades

Coronavírus em São Paulo: Avenida Paulista vazia durante quarentena. (Amanda Perobelli/Reuters)

Coronavírus em São Paulo: Avenida Paulista vazia durante quarentena. (Amanda Perobelli/Reuters)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 15 de janeiro de 2021 às 06h00.

O governo de São Paulo deve anunciar nesta sexta-feira (15) o endurecimento da quarentena em pelo menos algumas regiões do estado. Cinco delas já tem a taxa de ocupação de UTI's acima de 70% - o que, de acordo com as novas regras do Plano SP, as coloca direto na fase laranja.

São elas: Taubaté (73,6), Bauru (73,4), Ribeirão Preto (70,9%), Franca e São José do Rio Preto (ambas com 70,2). Com cerca de 69%, Campinas e a Grande São Paulo estão quase lá. A média do estado é de 65,7%.

Os números são referentes a esta quinta-feira (14), quando São Paulo teve uma média móvel de 1.723 mortes, número semelhante aos registrados no início de junho e no início de agosto. O números desse período refletem o auge da pandemia no estado, cujo média móvel de mortes bateu o recorde de 1.972, em 16 de julho.

A média móvel do número de casos, que de certa forma antevê o número de internações, está próximo de bater o recorde de agosto: nesta quinta (14), eram 10.810 novos casos por dia, enquanto no pico de agosto foi de 11.106.

Os números finais que o Centro de Contingência da Covid-19 usará para definir as fases de cada região serão divulgados em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes às 12h45.

Ao atingir uma lotação 70% , as regiões vão automaticamente para a fase laranja, que proíbe o consumo local em bares e permite que restaurante operam apenas por delivery. Comércio e serviços, como academias, ficam limitados operar apenas 8 horas por dia, com 40% da capacidade. A fase laranja também proíbe o comércio de bebidas alcoólicas entre 20h e 6h.

Originalmente marcada para o início de fevereiro, a reclassificação foi adianta para hoje, o que indica que alguma tendência nos números - atualmente negativa - acendeu uma luz de aviso no Centro de Contingência da Covid-19, que orienta as ações do governo paulista no enfrentamento à pandemia. A tendência de alta, que deve alcançar um pico por volta do dia 20, é um reflexo das aglomerações registradas nas comemorações de Natal e Ano Novo.  

Regras da quarentena válida nas regiões que estão na fase 3 amarela

  • Capacidade de atendimento de comércio de rua, shoppings, bares, restaurantes e salões de beleza é de 40%, por no máximo 10 horas por dia, até as 22 horas. Antes os shoppings e comércio podiam abrir por 12 horas.
  • Bares podem funcionar até as 20 horas.
  • Restaurantes podem funcionar até as 22 horas, mas o serviço de bebida alcoólica precisa ser encerrado até 20 horas.
  • Eventos com público em pé estão proibidos. Só são permitidos eventos com pessoas sentadas e capacidade de 40%. É necessária a venda antecipada de ingressos.
  • Nas academias a capacidade máxima é de 40%.
  • Os parques continuam abertos.

Regras da quarentena válida nas regiões que estão na fase 2 laranja

  • Capacidade de atendimento de comércio de rua, shoppings, restaurantes é de 40%, por no máximo 8 horas por dia, até as 20 horas. Antes era capacidade de 20%, por 4 horas por dia.
  • Salões de beleza podem abrir, com 40% da capacidade. Antes eles precisavam fechar.
  • Bares só podem fazer atendimento no sistema delivery. Antes precisavam ficar fechados.
  • Nas academias a capacidade máxima é de 40%. Antes precisavam ficar fechadas.
  • Os parques continuam abertos.
Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEstado de São PauloExame HojeJoão Doria JúniorPandemia

Mais de Brasil

Escala 6x1: ministro de Lula vai receber Erika Hilton, que propôs PEC para reduzir jornada

Senado aprova autonomia na gestão financeira da PPSA, a estatal do pré-sal

Assassinato de delator do PCC é 'competência do estado', afirma Lewandowski

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP