Protestos quase tiraram Copa do Brasil, admite Valcke
Secretário-geral da Fifa reconheceu que os protestos assustaram a entidade e colocaram em dúvida a realização da Copa das Confederações até o fim
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 13h39.
Costa do Sauipe - As manifestações populares de junho quase tiraram a Copa do Mundo do Brasil, admitiu o secretário-geral da Fifa , Jérôme Valcke, na Costa do Sauipe. O dirigente reconheceu que os protestos assustaram a entidade e colocaram em dúvida a realização da Copa das Confederações até o fim.
"Tecnicamente falando, se a Copa das Confederações não fosse organizada até o final, poderia não haver Copa do Mundo no Brasil em 2014", admitiu Valcke, em entrevista à ESPN. Durante a disputa do torneio, em junho, tanto o presidente Joseph Blatter quanto o próprio Valcke haviam descartado qualquer possibilidade de vetar o Mundial em razão dos protestos.
O secretário-geral revelou também que houve uma reunião de crise da Fifa com o governo na manhã do dia 21, logo após o auge das manifestações pelo Brasil, para avaliar a segurança da Copa das Confederações - o torneio foi disputado entre os dias 15 e 30 de junho em seis capitais.
"Na noite do dia 20 de junho, as coisas atingiram o auge. Eu me lembro de estar vendo pela televisão e estar em contato com Luis Fernandes (secretário executivo do Ministério do Esporte) e pessoas da segurança até quatro horas da manhã. Não foi a noite mais fácil para nós. Pela manhã, fizemos uma reunião de crise para falar sobre a situação no Brasil e como nós poderíamos lidar com ela", contou Valcke.
Naquela reunião, Fifa, o governo e o COL decidiram manter o prosseguimento da Copa das Confederações. "Houve uma decisão tomada entre o governo, o Comitê Organizador Local e a Fifa, com todas as instituições de segurança, para dizer 'não, nós vamos organizar o torneio até a final'", disse.
"Ninguém poderia esperar tamanho nível de manifestações. Nossa maior preocupação era garantir o mais alto nível de segurança. Não para proteger a Fifa. Para proteger jogadores, torcedores, imprensa, e ter certeza de que o show iria continuar. Seria a pior coisa se tivéssemos de tomar a decisão de adiar a Copa das Confederações. Seria o pior para o Brasil, não só para a Fifa", afirmou.
E, ao ser questionado sobre as consequências de um eventual cancelamento da Copa das Confederações, Valcke admitiu que a interrupção do torneio ameaçaria a realização do Mundial. "Sim, tecnicamente, sim", respondeu, confirmando o risco de transferência da Copa para outro país.
Costa do Sauipe - As manifestações populares de junho quase tiraram a Copa do Mundo do Brasil, admitiu o secretário-geral da Fifa , Jérôme Valcke, na Costa do Sauipe. O dirigente reconheceu que os protestos assustaram a entidade e colocaram em dúvida a realização da Copa das Confederações até o fim.
"Tecnicamente falando, se a Copa das Confederações não fosse organizada até o final, poderia não haver Copa do Mundo no Brasil em 2014", admitiu Valcke, em entrevista à ESPN. Durante a disputa do torneio, em junho, tanto o presidente Joseph Blatter quanto o próprio Valcke haviam descartado qualquer possibilidade de vetar o Mundial em razão dos protestos.
O secretário-geral revelou também que houve uma reunião de crise da Fifa com o governo na manhã do dia 21, logo após o auge das manifestações pelo Brasil, para avaliar a segurança da Copa das Confederações - o torneio foi disputado entre os dias 15 e 30 de junho em seis capitais.
"Na noite do dia 20 de junho, as coisas atingiram o auge. Eu me lembro de estar vendo pela televisão e estar em contato com Luis Fernandes (secretário executivo do Ministério do Esporte) e pessoas da segurança até quatro horas da manhã. Não foi a noite mais fácil para nós. Pela manhã, fizemos uma reunião de crise para falar sobre a situação no Brasil e como nós poderíamos lidar com ela", contou Valcke.
Naquela reunião, Fifa, o governo e o COL decidiram manter o prosseguimento da Copa das Confederações. "Houve uma decisão tomada entre o governo, o Comitê Organizador Local e a Fifa, com todas as instituições de segurança, para dizer 'não, nós vamos organizar o torneio até a final'", disse.
"Ninguém poderia esperar tamanho nível de manifestações. Nossa maior preocupação era garantir o mais alto nível de segurança. Não para proteger a Fifa. Para proteger jogadores, torcedores, imprensa, e ter certeza de que o show iria continuar. Seria a pior coisa se tivéssemos de tomar a decisão de adiar a Copa das Confederações. Seria o pior para o Brasil, não só para a Fifa", afirmou.
E, ao ser questionado sobre as consequências de um eventual cancelamento da Copa das Confederações, Valcke admitiu que a interrupção do torneio ameaçaria a realização do Mundial. "Sim, tecnicamente, sim", respondeu, confirmando o risco de transferência da Copa para outro país.