Brasil

Protesto por presos no 7 de setembro causa tumulto em BH

Cerca de cem pessoas cercaram o prédio da 1ª Risp, onde as autoridades mostrariam os acusados e explicariam as prisões à imprensa

Protestos no 7 de Setembro: 37 adultos foram presos e 11 adolescentes apreendidos nos protestos do sábado em Belo Horizonte (Marcelo Camargo/ABr)

Protestos no 7 de Setembro: 37 adultos foram presos e 11 adolescentes apreendidos nos protestos do sábado em Belo Horizonte (Marcelo Camargo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 19h58.

Belo Horizonte - Um protesto em solidariedade às 15 pessoas que permanecem presas desde o feriado da Independência, em Belo Horizonte, levou a Polícia Civil mineira a cancelar a apresentação dos manifestantes detidos prevista para a manhã desta segunda-feira, 09.

Cerca de cem pessoas cercaram o prédio da 1ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), no Centro da capital mineira, onde as autoridades mostrariam os acusados e explicariam as prisões à imprensa. Não houve confrontos, mas o clima ficou tenso. Segundo o chefe do 1º Departamento da Polícia Civil, delegado Anderson Alcântara, a apresentação foi cancelada por questões de segurança.

O delegado informou que as 15 pessoas presas em flagrante serão enquadradas em crimes como formação de quadrilha, corrupção de menores, dano ao patrimônio e incitação à prática criminosa, além da constituição de milícia privada, que prevê reclusão de 4 a 8 anos. Segundo levantamento apresentado pela Polícia Civil nesta segunda-feira, parte deles tem passagem pela polícia por furto e porte de drogas. A corporação informou que um dos detidos, que se declarou integrante do grupo "Black Bloc", teria admitido que o objetivo nos protestos de sábado seria "quebrar toda a Praça da Liberdade".

No total, 37 adultos foram presos e 11 adolescentes apreendidos nos protestos do sábado. Ao lado do delegado Hugo e Silva, que coordenou os trabalhos de polícia judiciária no feriado, Alcântara explicou que, além dos 15 presos em flagrante, os demais foram devidamente identificados e respondem por crimes de menor poder ofensivo, embora tenham sido liberados.

O chefe de polícia disse ainda que outras pessoas registradas por vídeo e fotografias em atitudes suspeitas estão sendo investigadas.

"As prisões foram feitas com base em crimes previstos pelo Código Penal, e o nosso trabalho não termina aqui. As investigações continuam, e se verificarmos vínculos entre aqueles que foram liberados e os que tiveram o flagrante ratificado, novas prisões poderão ocorrer", afirmou o delegado Anderson Alcântara.

No protesto desta manhã, os manifestantes pediam a libertação dos detidos e acusaram exageros da polícia mineira. Um dos organizadores da ação de sábado, que pediu para não ter o nome divulgado, diz que um amigo teria sido preso por formação de quadrilha e porte de produto químico. Produto que, segundo ele, era para neutralizar o efeito do gás lacrimogêneo.

O delegado Hugo Silva afirmou que "todos os procedimentos da Polícia Civil foram acompanhados por integrantes do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) e da Defensoria Pública".

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilPrisõesProtestosProtestos no Brasil

Mais de Brasil

Mais de 600 mil imóveis estão sem luz em SP após chuva intensa

Ao lado de Galípolo, Lula diz que não haverá interferência do governo no Banco Central

Prefeito de BH, Fuad Noman vai para a UTI após apresentar sangramento intestinal secundário

Veja os melhores horários para viajar no Natal em SP, segundo estimativas da Artesp