Protesto em Fortaleza tem pelo menos 30 detidos
O movimento "Na Rua", um dos organizadores do protesto, informou que 40 pessoas foram presas
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2014 às 18h45.
Fortaleza - De acordo com a Secretaria de Segurança e Defesa Social do Ceará, pelo menos 30 pessoas foram detidas, sendo 11 adolescentes e 19 adultos, na manifestação contra a Copa , nesta terça-feira, 17, em Fortaleza, antes da partida Brasil e México.
O movimento "Na Rua", um dos organizadores do protesto , informou que 40 pessoas foram presas.
Na tarde desta terça, houve confronto entre manifestantes e policiais. Um ônibus de apoio da Fifa foi atingido por pedradas. Cerca de 300 manifestantes chegaram a bloquear a Avenida Alberto Craveiro e a passagem de torcedores para a Arena Castelão foi impedida por alguns momentos.
Para dispersar o grupo, foram lançadas bombas de gás e balas de borracha, além de usado o Caminhão de Controle de Distúrbios Civis. O veículo foi repassado pela Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça (Sesge/MJ).
Entre os que protestavam, havia grupos diversos. Alguns estavam caracterizados de índios e pediam "Remarcação Já". Outros, vestidos de preto, pediam o fim do capitalismo. Outros ainda reclamavam das remoções feitas para a construção das obras de mobilidade.
A concentração aconteceu na BR-116, em frente ao Makro. Ao longo da caminhada até a barreira policial montada próximo ao Castelão, alguns manifestantes vaiavam torcedores brasileiros e faziam festa para a torcida mexicana.
Um jovem de 20 anos que se identificou apenas como técnico em enfermagem disse que fi abordado aleatoriamente por policiais.
"Eles simplesmente me pararam, revistaram e pronto. Disseram: bora, bora, abre as pernas e encosta aí", relatou.
A primeira ação do grupo aconteceu pela manhã, quando foi bloqueada a Avenida Expressa. Organizados pelo Movimento dos Conselhos Populares (MCP), 200 pessoas fecharam a avenida no sentido Avenida da Abolição.
Entre os manifestantes, estavam moradores de comunidades atingidas pelas obras da Copa, como a Alto da Paz e Raiz da Praia.
Foram montadas barricadas com pneus e erguidas faixas com frases de protesto: "Chega de remoção. Queremos moradia", "Quem é rico mora na praia. Mas quem é pobre também pode morar".