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Protesto contra Cabral termina com 6 detidos e 2 feridos

Polícia Militar vai investigar se houve excesso na atuação de agentes que atuaram em mais uma manifestação contra o governador

Manifestante durante protesto no Rio: protesto, convocado na página "Black Bloc RJ" no Facebook, reuniu cerca de 50 pessoas (Fernando Frazão/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 18h01.

Rio - A Polícia Militar vai investigar se houve excesso na atuação de agentes que atuaram em mais uma manifestação contra o governador Sérgio Cabral ( PMDB ), na noite de segunda-feira, 02, na zona sul do Rio. Vídeos publicados na internet mostram pelo menos dois manifestantes, já contidos e deitados no chão, sendo agredidos na cabeça por golpes de cassetetes dados por PMs.

O protesto, convocado na página "Black Bloc RJ" no Facebook, reuniu cerca de 50 pessoas, muitos mascarados, em frente a um hotel em Copacabana onde Cabral seria homenageado pela Câmara de Comércio França-Brasil. O ato, no entanto, foi antecipado para o último dia 27, e no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, sede do governo estadual. Mesmo assim, o protesto foi mantido. A confusão começou por volta das 20h, na altura da Praça do Lido, onde os manifestantes teriam arremessado dois explosivos (popularmente conhecidos como "cabeção de nego") contra os policiais.

Seis pessoas foram detidas e, segundo a PM, levadas para quatro delegacias: 12ª DP (Copacabana), 13ª DP (Ipanema), 17ª DP (São Cristóvão) e 21ª DP Bonsucesso. André Luiz Cardoso, de 27 anos, foi autuado na 21ª DP por porte de droga e de arma branca. Segundo os PMs que o detiveram, o rapaz estava com uma faca, um estilingue, uma lata de spray, um saco de bolas de gude e um cigarro de maconha. Em depoimento, ele assumiu a posse todos os artefatos, exceto da faca, que disse pertencer a moradores de rua. "Depois que eu já estava imobilizado, um policial disparou um tiro de bala de borracha a um metro de distância. Eram mais de 15 policiais. Uma covardia. Eu estava na manifestação, mas não usava máscara e nem sou Black Bloc. Sou contra os milhões gastos com a Copa enquanto a saúde está essa vergonha", disse à reportagem.

Já Paulo Henrique de Souza Cardoso, de 26 anos, foi autuado na 12ª DP por lesão corporal contra dois PMs. Um dos policiais disse que torceu o joelho ao imobilizá-lo. Já o outro teria machucado a perna. O detido alegou que "partiu para cima" dos PMs ao ver uma amiga sendo agredida. O rapaz disse que recebeu descarga de pistola de eletrochoque no pescoço. Depois de caído no chão, afirmou que foi agredido por vários policiais com chutes, socos e cassetetes. Eles foram atendidos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana.

Após a divulgação dos vídeos de manifestantes sendo agredidos, vários membros da página "Black Bloc RJ" do Facebook ameaçaram agir com mais violência nas próximas manifestações. "Acabooou essa p... de ato pacífico. (...) Isso vai der voltaaaa... aguardem", dizia um post publicado nesta terça-feira na página. Também havia convocações para seis protestos nos próximos dias. Um dos atos será domingo em Copacabana, em frente ao hotel que vai sediar a primeira edição latino-americana do Clinton Global Initiative, promovida pelo ex-presidente americano Bill Clinton.

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O protesto, convocado na página "Black Bloc RJ" no Facebook, reuniu cerca de 50 pessoas, muitos mascarados, em frente a um hotel em Copacabana onde Cabral seria homenageado pela Câmara de Comércio França-Brasil. O ato, no entanto, foi antecipado para o último dia 27, e no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, sede do governo estadual. Mesmo assim, o protesto foi mantido. A confusão começou por volta das 20h, na altura da Praça do Lido, onde os manifestantes teriam arremessado dois explosivos (popularmente conhecidos como "cabeção de nego") contra os policiais.

Seis pessoas foram detidas e, segundo a PM, levadas para quatro delegacias: 12ª DP (Copacabana), 13ª DP (Ipanema), 17ª DP (São Cristóvão) e 21ª DP Bonsucesso. André Luiz Cardoso, de 27 anos, foi autuado na 21ª DP por porte de droga e de arma branca. Segundo os PMs que o detiveram, o rapaz estava com uma faca, um estilingue, uma lata de spray, um saco de bolas de gude e um cigarro de maconha. Em depoimento, ele assumiu a posse todos os artefatos, exceto da faca, que disse pertencer a moradores de rua. "Depois que eu já estava imobilizado, um policial disparou um tiro de bala de borracha a um metro de distância. Eram mais de 15 policiais. Uma covardia. Eu estava na manifestação, mas não usava máscara e nem sou Black Bloc. Sou contra os milhões gastos com a Copa enquanto a saúde está essa vergonha", disse à reportagem.

Já Paulo Henrique de Souza Cardoso, de 26 anos, foi autuado na 12ª DP por lesão corporal contra dois PMs. Um dos policiais disse que torceu o joelho ao imobilizá-lo. Já o outro teria machucado a perna. O detido alegou que "partiu para cima" dos PMs ao ver uma amiga sendo agredida. O rapaz disse que recebeu descarga de pistola de eletrochoque no pescoço. Depois de caído no chão, afirmou que foi agredido por vários policiais com chutes, socos e cassetetes. Eles foram atendidos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana.

Após a divulgação dos vídeos de manifestantes sendo agredidos, vários membros da página "Black Bloc RJ" do Facebook ameaçaram agir com mais violência nas próximas manifestações. "Acabooou essa p... de ato pacífico. (...) Isso vai der voltaaaa... aguardem", dizia um post publicado nesta terça-feira na página. Também havia convocações para seis protestos nos próximos dias. Um dos atos será domingo em Copacabana, em frente ao hotel que vai sediar a primeira edição latino-americana do Clinton Global Initiative, promovida pelo ex-presidente americano Bill Clinton.

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