Propostas para monotrilho em SP serão abertas amanhã
Três empresas participam da licitação da obra, que está embargada por uma liminar concedida pela Justiça aos moradores da região
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 17h09.
São Paulo - O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, afirmou que serão abertos amanhã os envelopes com as propostas das empresas participantes da licitação para a construção do Monotrilho Morumbi, na cidade de São Paulo. Três empresas participam da licitação da obra, que está embargada por uma liminar concedida pela Justiça aos moradores da região. Há cinco meses, o governo tenta derrubar a liminar. "Não dá nem vontade de abrir as propostas. Vamos abrir para quê?", questionou Fernandes, após almoço com diretores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O projeto do monotrilho foi concebido quando o Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi) era tido como o escolhido para sediar as partidas da Copa do Mundo de 2014, em São Paulo. Apesar de o estádio ter sido preterido para o mundial de futebol - a arena do Corinthians que será erguida na zona leste da cidade é hoje a eleita para a Copa -, a obra (Linha-17 Ouro) é "prioritária", porque vai integrar o Aeroporto de Congonhas à Linha-4 Amarela da Companhia do Metropolitano (Metrô). A obra está orçada em R$ 3,17 bilhões e deverá desapropriar 132,3 mil metros quadrados de áreas em bairros de classes alta e média.
"Amanhã posso saber o vencedor (da licitação), mas não posso assinar o contrato. Até agora a Justiça não analisou o pedido de suspensão de liminar", reclamou Fernandes. Segundo ele, a morosidade da Justiça e de todo o processo para colocar uma obra em curso, que inclui análises de impacto ambiental e de patrimônios tombados, provoca paralisia no governo. "Muitas vezes a Justiça não tem como analisar a demanda, então dá uma liminar. Aqui virou a história da liminar", disse.
De acordo com ele, a ideia de um trem suspenso no Morumbi está relacionada ao "trauma" que o Elevado Costa e Silva, o Minhocão, provocou nos moradores da região central da cidade de São Paulo. "Uma situação que ficou muito forte na mente dos paulistanos é o Minhocão, que tem uma agressividade muito grande porque está a dois metros da janela das pessoas e produz muito barulho e fumaça por conta dos carros. Nesse caso, (do Morumbi) é elétrico e silencioso", afirmou, ao defender o monotrilho.
Obras
O secretário pediu à Justiça que seja realizado um esforço para analisar as pendências que impedem as obras no Estado. "As pendências devem ser tratadas como emergências. Não achamos que tenha que se passar por cima da Justiça, mas faça-se então um mutirão para analisar esses casos", disse. "Esse é o Brasil. Temos dinheiro, temos projeto e temos a população demandando e nós não conseguimos fazer uma obra", reclamou, citando outros projetos parados, como a ampliação da Linha-5 Lilás do Metrô.
Sobre a ampliação da Linha-5 Lilás do Metrô, Fernandes afirmou que o governo está refém da Justiça. Disse que o Ministério Público (MP) pediu para que o governo do Estado aguarde as provas oficiais da investigação sobre indícios de fraude na licitação e o depoimento do jornalista da Folha de S.Paulo que denunciou a suspeita. O jornal teria antecipado o resultado da disputa com base em irregularidades na concorrência. O processo licitatório foi, então, suspenso.
"Se eu falo que vou continuar a obra, o MP pode me derrubar; se eu falo que não vou continuar a obra, que vou fazer um novo certame licitatório, os empresários que têm o contrato na mão podem entrar na Justiça pedindo a suspensão da nova licitação. Em torno de todo esse 'indício' estamos parados há cinco meses", disse. De acordo com o secretário, o MP vai comunicar o jornalista para depor no dia 5 de maio.
São Paulo - O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Jurandir Fernandes, afirmou que serão abertos amanhã os envelopes com as propostas das empresas participantes da licitação para a construção do Monotrilho Morumbi, na cidade de São Paulo. Três empresas participam da licitação da obra, que está embargada por uma liminar concedida pela Justiça aos moradores da região. Há cinco meses, o governo tenta derrubar a liminar. "Não dá nem vontade de abrir as propostas. Vamos abrir para quê?", questionou Fernandes, após almoço com diretores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O projeto do monotrilho foi concebido quando o Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi) era tido como o escolhido para sediar as partidas da Copa do Mundo de 2014, em São Paulo. Apesar de o estádio ter sido preterido para o mundial de futebol - a arena do Corinthians que será erguida na zona leste da cidade é hoje a eleita para a Copa -, a obra (Linha-17 Ouro) é "prioritária", porque vai integrar o Aeroporto de Congonhas à Linha-4 Amarela da Companhia do Metropolitano (Metrô). A obra está orçada em R$ 3,17 bilhões e deverá desapropriar 132,3 mil metros quadrados de áreas em bairros de classes alta e média.
"Amanhã posso saber o vencedor (da licitação), mas não posso assinar o contrato. Até agora a Justiça não analisou o pedido de suspensão de liminar", reclamou Fernandes. Segundo ele, a morosidade da Justiça e de todo o processo para colocar uma obra em curso, que inclui análises de impacto ambiental e de patrimônios tombados, provoca paralisia no governo. "Muitas vezes a Justiça não tem como analisar a demanda, então dá uma liminar. Aqui virou a história da liminar", disse.
De acordo com ele, a ideia de um trem suspenso no Morumbi está relacionada ao "trauma" que o Elevado Costa e Silva, o Minhocão, provocou nos moradores da região central da cidade de São Paulo. "Uma situação que ficou muito forte na mente dos paulistanos é o Minhocão, que tem uma agressividade muito grande porque está a dois metros da janela das pessoas e produz muito barulho e fumaça por conta dos carros. Nesse caso, (do Morumbi) é elétrico e silencioso", afirmou, ao defender o monotrilho.
Obras
O secretário pediu à Justiça que seja realizado um esforço para analisar as pendências que impedem as obras no Estado. "As pendências devem ser tratadas como emergências. Não achamos que tenha que se passar por cima da Justiça, mas faça-se então um mutirão para analisar esses casos", disse. "Esse é o Brasil. Temos dinheiro, temos projeto e temos a população demandando e nós não conseguimos fazer uma obra", reclamou, citando outros projetos parados, como a ampliação da Linha-5 Lilás do Metrô.
Sobre a ampliação da Linha-5 Lilás do Metrô, Fernandes afirmou que o governo está refém da Justiça. Disse que o Ministério Público (MP) pediu para que o governo do Estado aguarde as provas oficiais da investigação sobre indícios de fraude na licitação e o depoimento do jornalista da Folha de S.Paulo que denunciou a suspeita. O jornal teria antecipado o resultado da disputa com base em irregularidades na concorrência. O processo licitatório foi, então, suspenso.
"Se eu falo que vou continuar a obra, o MP pode me derrubar; se eu falo que não vou continuar a obra, que vou fazer um novo certame licitatório, os empresários que têm o contrato na mão podem entrar na Justiça pedindo a suspensão da nova licitação. Em torno de todo esse 'indício' estamos parados há cinco meses", disse. De acordo com o secretário, o MP vai comunicar o jornalista para depor no dia 5 de maio.