Empreiteira pagou campanha de Dilma com propina, diz jornal
Ex-presidente da empresa detalhou o esquema de financiamento político utilizando recursos de propinas em delação premiada
Luiza Calegari
Publicado em 7 de abril de 2016 às 06h46.
São Paulo - As doações legais feitas pela Andrade Gutierrez à campanha de Dilma Rousseff nas eleições de 2010 e 2014 foram provenientes de propina de obras superfaturadas da Petrobras e do sistema elétrico, segundo reportagem publicada, nesta quinta-feira, pela Folha de S.Paulo.
A informação seria proveniente da delação premiada do ex-presidente da empresa Otávio Marques de Azevedo, que foi entregue à Procuradoria-Geral da República.
Em 2014, a empresa doou R$ 20 milhões para o comitê da campanha de Dilma. Desta quantia, segundo levantamento da Folha, metade (R$ 10 milhões) está vinculada à participação da Andrade Gutierrez em contratos de obras públicas.
Não há citação, na delação premiada, de doações feitas a candidatos tucanos que disputavam a presidência contra Dilma nas eleições de 2010 e 2014 - no caso, os hoje senadores José Serra e Aécio Neves, respectivamente.
Esta é a primeira vez que um empresário descreve o esquema, que foi revelado pela operação Lava Jato, de financiamento de partidos por meio de doações eleitorais legais pagas com propinas de contratos públicos.
São Paulo - As doações legais feitas pela Andrade Gutierrez à campanha de Dilma Rousseff nas eleições de 2010 e 2014 foram provenientes de propina de obras superfaturadas da Petrobras e do sistema elétrico, segundo reportagem publicada, nesta quinta-feira, pela Folha de S.Paulo.
A informação seria proveniente da delação premiada do ex-presidente da empresa Otávio Marques de Azevedo, que foi entregue à Procuradoria-Geral da República.
Em 2014, a empresa doou R$ 20 milhões para o comitê da campanha de Dilma. Desta quantia, segundo levantamento da Folha, metade (R$ 10 milhões) está vinculada à participação da Andrade Gutierrez em contratos de obras públicas.
Não há citação, na delação premiada, de doações feitas a candidatos tucanos que disputavam a presidência contra Dilma nas eleições de 2010 e 2014 - no caso, os hoje senadores José Serra e Aécio Neves, respectivamente.
Esta é a primeira vez que um empresário descreve o esquema, que foi revelado pela operação Lava Jato, de financiamento de partidos por meio de doações eleitorais legais pagas com propinas de contratos públicos.