Promotor diz que Lula não sonegou documentos
O promotor afirmou que não houve sonegação de informações ou de documentos à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2016 às 11h23.
São Paulo - O promotor de Justiça Cassio Conserino afirmou nesta quinta-feira, dia 4, que não houve sonegação de informações ou de documentos à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
Conserino atua no Ministério Público de São Paulo e conduz Procedimento Investigatório Criminal (PIC) sobre o tríplex 164-A no condomínio Solaris, no Guarujá (SP), avaliado em cerca de R$ 1,8 milhão que Lula diz que não é dele.
O advogado Cristiano Zanin Martins, que integra o núcleo de defesa do ex-presidente, declarou à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que na manhã desta quinta "foi impedido pelo Ministério Público de ter acesso a partes do inquérito" que apura suposta ocultação de patrimônio por meio do apartamento.
"Isso não condiz com a verdade", rebateu Conserino. O promotor exibiu cópia de uma certidão da oficial de Promotoria Priscila Silva Marquezini.
O documento informa que a advogada Maria Luiza Gorga "compareceu à esta 2.ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital e fotografou os volumes 12.º a 15.º do PIC número 94.0002.00007273/15".
O promotor destacou que a advogada Maria Luiza, do escritório de Zanin, fotografou os volumes dos autos e ficou de retornar à Promotoria, que fica junto ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital.
A rotina diária de Conserino compreende a tomada de dezenas de depoimentos e juntada de papeis na investigação sobre o tríplex do empreendimento que foi da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), mas acabou entregue à empreiteira OAS.
O promotor observa que nem todos os relatos e novos documentos são anexados imediatamente aos autos. A juntada deve ser registrada e numerada, página a página. Ele não aceita a informação de que teria sonegado dados à defesa.
"A advogada foi orientada a voltar amanhã (sexta-feira, 5). Ela saiu da Promotoria no início da tarde (de quinta) e sabia que havia mais depoimentos para serem juntados ao Procedimento", observou o promotor.
'Arroubo midiático'
Procurado pela reportagem, o advogado Cristiano Zanin Martins disse que "o promotor Cassio Conserino, após ter um arroubo midiático nas páginas da revista Veja, está ocultando dos advogados constituídos pelo ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva elementos que ele disponibiliza à imprensa".
"Na data de ontem (quinta) os advogados do ex-Presidente estiveram no gabinete desse promotor e foram informados de que há depoimentos e outros documentos que não foram juntados aos autos e que, por essa razão, não poderiam ser acessados", disse o defensor. "Mas a verdade é que tais documentos já foram disponibilizados à imprensa, tanto é que estão mencionados em diversas reportagens", sustentou.
São Paulo - O promotor de Justiça Cassio Conserino afirmou nesta quinta-feira, dia 4, que não houve sonegação de informações ou de documentos à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
Conserino atua no Ministério Público de São Paulo e conduz Procedimento Investigatório Criminal (PIC) sobre o tríplex 164-A no condomínio Solaris, no Guarujá (SP), avaliado em cerca de R$ 1,8 milhão que Lula diz que não é dele.
O advogado Cristiano Zanin Martins, que integra o núcleo de defesa do ex-presidente, declarou à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que na manhã desta quinta "foi impedido pelo Ministério Público de ter acesso a partes do inquérito" que apura suposta ocultação de patrimônio por meio do apartamento.
"Isso não condiz com a verdade", rebateu Conserino. O promotor exibiu cópia de uma certidão da oficial de Promotoria Priscila Silva Marquezini.
O documento informa que a advogada Maria Luiza Gorga "compareceu à esta 2.ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital e fotografou os volumes 12.º a 15.º do PIC número 94.0002.00007273/15".
O promotor destacou que a advogada Maria Luiza, do escritório de Zanin, fotografou os volumes dos autos e ficou de retornar à Promotoria, que fica junto ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital.
A rotina diária de Conserino compreende a tomada de dezenas de depoimentos e juntada de papeis na investigação sobre o tríplex do empreendimento que foi da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), mas acabou entregue à empreiteira OAS.
O promotor observa que nem todos os relatos e novos documentos são anexados imediatamente aos autos. A juntada deve ser registrada e numerada, página a página. Ele não aceita a informação de que teria sonegado dados à defesa.
"A advogada foi orientada a voltar amanhã (sexta-feira, 5). Ela saiu da Promotoria no início da tarde (de quinta) e sabia que havia mais depoimentos para serem juntados ao Procedimento", observou o promotor.
'Arroubo midiático'
Procurado pela reportagem, o advogado Cristiano Zanin Martins disse que "o promotor Cassio Conserino, após ter um arroubo midiático nas páginas da revista Veja, está ocultando dos advogados constituídos pelo ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva elementos que ele disponibiliza à imprensa".
"Na data de ontem (quinta) os advogados do ex-Presidente estiveram no gabinete desse promotor e foram informados de que há depoimentos e outros documentos que não foram juntados aos autos e que, por essa razão, não poderiam ser acessados", disse o defensor. "Mas a verdade é que tais documentos já foram disponibilizados à imprensa, tanto é que estão mencionados em diversas reportagens", sustentou.