Projeções do mercado financeiro para IPCA neste ano e em 2011 sobem novamente
Estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo passou de 5,85% para 5,88%
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2010 às 09h37.
Brasília - A projeção de analistas do mercado financeiro para a inflação oficial neste ano subiu pela 14ª semana seguida. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,85% para 5,88%. Para 2011, a projeção subiu pela segunda semana seguida. A expectativa é que o índice fique em 5,29%, no próximo ano, e não mais em 5,21%. As informações constam do boletim Focus, publicação semanal, elaborada pelo Banco Central (BC) com base em estimativas de analistas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.
O IPCA é o índice escolhido pelo governo para a meta de inflação, que deveria ficar no centro de 4,5% este ano e em 2011. Mas a meta ainda tem margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Assim a projeção para este ano está próxima do limite superior da meta de 6,5%.
Cabe ao BC controlar a inflação e para isso usa como um dos principais instrumentos a taxa básica de juros, a Selic, que encerra este ano em 10,75% ao ano. Para o final de 2011, a expectativa dos analistas é que a taxa fique em 12,25% ao ano.
Além da Selic e do IPCA, o boletim Focus também traz projeções para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 6,34% para 6,37%, este ano, e de 4,86% para 4,78% em 2011.
A estimativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) permaneceu em 11,60%, este ano, e passou de 5,42% para 5,50%, em 2011.
A expectativa para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) este ano foi ajustada de 11,43% para 11,44%. Para o próximo ano, passou de 5,50% para 5,52%.
A projeção dos analistas para os preços administrados permaneceu em 3,5%, em 2010, e em 4,5%, em 2011. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.