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Problemas com PDVSA elevaram custo de refinaria, diz Costa

Segundo ex-diretor da Petrobras, aumento nos custos da construção de Abreu e Lima foi causado pelo atraso na entrega de dados pela petroleira venezuelana

Paulo Roberto da Costa chega para prestar depoimento à CPI que investiga denúncias de corrupção na estatal (Geraldo Magela/Agência Senado)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 16h16.

Brasília - O aumento nos custos da construção da refinaria Abreu e Lima, da Petrobras em Pernambuco, foi causado pelo atraso na entrega de dados pela petroleira venezuelana PDVSA e por imprevistos de engenharia do projeto, disse nesta terça-feira o ex-diretor de Abastecimento da estatal brasileira, Paulo Roberto Costa, em depoimento a uma CPI no Senado .

O projeto, concebido para ser uma parceria entre as duas empresas para refino de petróleo brasileiro e venezuelano, teve um primeiro orçamento divulgado de cerca de 2,5 bilhões de dólares, em 2005. Atualmente, com a obra já bastante adiantada, a previsão de gastos chega a 20 bilhões de dólares.

Segundo o ex-diretor, os dados que detalhavam o tipo de petróleo a ser fornecido pela PDVSA foram entregues com atraso à Petrobras e revelaram a necessidade de construção de um segundo trem de refino na unidade que não estava previsto inicialmente.

Costa disse que o erro da Petrobras foi divulgar dados muito preliminares de um projeto que ainda não estava finalizado.

"Não tem sobrepreço, não tem superfaturamento, não tem nada. Tem um dado que foi divulgado errado, na hora errada, sem definição de projeto e licitações", disse o ex-executivo da estatal.

Ele lembrou também que a Petrobras teve que arcar com gastos previstos inicialmente para serem absorvidos pela PDVSA, que nunca aportou os recursos necessários ao projeto.

A refinaria, que já foi totalmente incorporada à lista de ativos da Petrobras e não tem mais nenhuma relação com a PDVSA, atualmente também é conhecida como Refinaria do Nordeste (Rnest).

Paulo Roberto Costa, que é investigado em uma ampla operação da Polícia Federal sobre suposta lavagem de dinheiro, foi convocado para prestar depoimento na CPI do Senado que apura suspeitas de irregularidades na gestão da Petrobras.

Emocionado, Costa defendeu a estatal das recentes denúncias de corrupção que resultaram na instalação de duas comissões de inquérito no Congresso, uma exclusiva no Senado e outra com participação de deputados, e disse que não se envolveu em lavagem de dinheiro.

"A Petrobras é empresa séria, extremamente competente", disse ele, repudiando afirmações de que havia uma organização criminosa dentro da estatal, da qual ele faria parte.

Costa disse que as acusações de corrupção colocaram uma "pedra" em sua carreira.

"Me sinto constrangido disto que está acontecendo... Fui para a empresa por competência técnica", defendeu-se.

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O projeto, concebido para ser uma parceria entre as duas empresas para refino de petróleo brasileiro e venezuelano, teve um primeiro orçamento divulgado de cerca de 2,5 bilhões de dólares, em 2005. Atualmente, com a obra já bastante adiantada, a previsão de gastos chega a 20 bilhões de dólares.

Segundo o ex-diretor, os dados que detalhavam o tipo de petróleo a ser fornecido pela PDVSA foram entregues com atraso à Petrobras e revelaram a necessidade de construção de um segundo trem de refino na unidade que não estava previsto inicialmente.

Costa disse que o erro da Petrobras foi divulgar dados muito preliminares de um projeto que ainda não estava finalizado.

"Não tem sobrepreço, não tem superfaturamento, não tem nada. Tem um dado que foi divulgado errado, na hora errada, sem definição de projeto e licitações", disse o ex-executivo da estatal.

Ele lembrou também que a Petrobras teve que arcar com gastos previstos inicialmente para serem absorvidos pela PDVSA, que nunca aportou os recursos necessários ao projeto.

A refinaria, que já foi totalmente incorporada à lista de ativos da Petrobras e não tem mais nenhuma relação com a PDVSA, atualmente também é conhecida como Refinaria do Nordeste (Rnest).

Paulo Roberto Costa, que é investigado em uma ampla operação da Polícia Federal sobre suposta lavagem de dinheiro, foi convocado para prestar depoimento na CPI do Senado que apura suspeitas de irregularidades na gestão da Petrobras.

Emocionado, Costa defendeu a estatal das recentes denúncias de corrupção que resultaram na instalação de duas comissões de inquérito no Congresso, uma exclusiva no Senado e outra com participação de deputados, e disse que não se envolveu em lavagem de dinheiro.

"A Petrobras é empresa séria, extremamente competente", disse ele, repudiando afirmações de que havia uma organização criminosa dentro da estatal, da qual ele faria parte.

Costa disse que as acusações de corrupção colocaram uma "pedra" em sua carreira.

"Me sinto constrangido disto que está acontecendo... Fui para a empresa por competência técnica", defendeu-se.

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