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Primeiro dia do feriado registra queda de 94% no trânsito das ruas do Rio

A prefeitura montou três barreiras sanitárias para evitar que ônibus ou vans, que não são de linhas convencionais, entrem na cidade

O movimento foi menor no rush matinal em comparação a outras sextas-feiras, segundo dados do Centro de Operações Rio. A queda na circulação entre 8h e 9h chegou a 94% (Ricardo Moraes/Reuters)

O movimento foi menor no rush matinal em comparação a outras sextas-feiras, segundo dados do Centro de Operações Rio. A queda na circulação entre 8h e 9h chegou a 94% (Ricardo Moraes/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 26 de março de 2021 às 11h42.

Última atualização em 26 de março de 2021 às 12h36.

No primeiro dia do feriado prolongado para tentar reduzir os índices de transmissão de covid-19, as vias da cidade do Rio ainda registraram algum trânsito. Mas o movimento foi menor no rush matinal em comparação a outras sextas-feiras, segundo dados do Centro de Operações Rio. A queda na circulação entre 8h e 9h chegou a 94%.

Entre 6h e 7h não houve registro de congestionamentos, ante uma média de 4 quilômetros em comparação com as três últimas sextas-feiras. Entre 7h e 8h, as retenções foram de 2 quilômetros, ante a média de 17 quilômetros registrados nas sextas anteriores, e entre 8h e 9h foram apenas 2 quilômetros, ante 36 quilômetros registrados em média nos dias anteriores.

As restrições anunciadas pela prefeitura e o governo contra o covid-19 entraram em vigor nesta sexta. A prefeitura montou três barreiras sanitárias (uma na Linha Amarela, na altura da saída 4, sentido Barra da Tijuca; uma segunda no Trevo das Missões; e outra na Avenida das Américas, na Grota Funda, no sentindo Barra da Tijuca) para evitar que ônibus ou vans, que não são de linhas convencionais, entrem na cidade durante o período do recesso.

Os dez dias de combate à covid-19, que começam hoje e vão até 4 de abril, Domingo de Páscoa, terão duas frentes importantes. Uma delas é um grande esforço para esvaziar as ruas do Rio no período, que, embora tenha sido chamado de feriadão, é na verdade um recesso forçado para combater o avanço do coronavírus. A outra é uma tentativa de reduzir a fila para UTIs no estado que na quinta-feira superou a marca de 600 pacientes — a maior desde o início da pandemia —, não só diminuindo a circulação de pessoas mas também abrindo novos leitos hospitalares.

O Rio registrou na última semana seu pior momento desde o início da pandemia de covid-19. De acordo com declaração nesta sexta-feira do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, atualmente são 663 pessoas internadas em leitos de CTI. A mortalidade nas UTIs da cidade chega a 40%, acrescentou o secretário. De acordo com o subsecretário de Vigilância Epidemiológica, Márcio Garcia, há um crescimento de casos das novas cepas da doença na cidade. Em uma semana, segundo Garcia, triplicou o número nos diagnósticos laboratoriais por covid-19, a maior parte da variante P1.

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