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Primeiro ato de Lira na presidência é anular eleições para a Mesa Diretora

O novo presidente da Câmara argumenta que bloco de Baleia Rossi foi registrado fora do prazo

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados (Luis Macedo/Agência Câmara)

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados (Luis Macedo/Agência Câmara)

AO

Agência O Globo

Publicado em 2 de fevereiro de 2021 às 06h28.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2021 às 08h46.

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Como primeiro ato após ser eleito presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Arthur Lira (PP-AL) indeferiu o registro do bloco de seu adversário, Baleia Rossi (MDB-SP). Dessa forma, ele retirou da Mesa Diretora da Casa os cargos de partidos que apoiaram o seu rival na eleição, como o PT, PSDB e Rede.

O argumento de Lira é de que o bloco foi constituído com atraso. O MDB pediu o registro do agrupamento partidário às 13h35 desta segunda-feira, depois do prazo das 12h. Rodrigo Maia (DEM-RJ), então presidente, aceitou a formação do bloco com atraso, o que gerou protestos dos aliados de Lira ao longo do dia.

O PSB, que havia cedido um cargo para a Rede na Mesa Diretora, é um dos partidos que estuda entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ato de Lira.

Com a decisão de Lira, a eleição dos cargos da Mesa Diretora foi cancelada e os registros de candidatura foram invalidados. Uma nova eleição foi marcada para esta terça-feira às 16h. O bloco de Baleia Rossi não terá direito a assentos na Mesa.

No acordo firmado hoje, o PL poderia indicar o candidato a primeiro vice-presidente, o PSD, o segundo vice-presidente, o PT, o primeiro-secretário, o PSDB, segundo secretário, o PSL, o terceiro-secretário, e PSB e Rede, o quarto-secretário.

Agora, a Secretaria-Geral da Mesa (SGM) irá calcular novamente quem terá direito aos cargos, subtraindo os adversários de Arthur Lira do processo.

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