Mantega ouviu confidências sobre o atual governo e sobre o próximo (Lailson Santos/EXAME)
Da Redação
Publicado em 10 de novembro de 2010 às 09h28.
São Paulo - Já no processo de escolha de sua equipe econômica, a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), aproveitou a viagem à Coreia do Sul para dar uma mostra de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, está prestigiado e poderá permanecer no cargo, como quer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mantega foi o único ministro da atual equipe a acompanhar Dilma nos dois trechos da viagem de São Paulo a Seul, e com ela permaneceu por mais de 24 horas, trocando ideias e confidências sobre o atual governo e sobre o próximo.
No primeiro trecho da viagem, de São Paulo a Frankfurt, Dilma e Mantega reservaram dois dos quatro lugares da primeira classe. Seria a oportunidade para conversar o mais longamente possível sobre o futuro do governo e a reunião do G-20 (grupo dos 20 países mais ricos e influentes do mundo), que ocorre em Seul.
Mas ao chegarem à primeira classe, encontraram um dos lugares ocupado por uma jornalista. Dilma reclamou: “Aqui é um lugar privado”. Mas não havia o que fazer. Ela e Mantega ficaram posicionados do lado esquerdo, a repórter do lado direito. Entre eles ficou uma poltrona vazia. Mas, sem privacidade, Dilma preferiu dormir.
Ao chegar a Frankfurt, ela lamentou o fato de não ter podido conversar mais sobre economia com Mantega. Mas, na segunda fase da viagem, de Frankfurt a Seul, os dois puderam ficar sozinhos para as confabulações futuras e a montagem da equipe de governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.