Brasil

Presidente do TSE diz que voto impresso não valerá em 2016

O ministro classificou o voto impresso como "absolutamente desnecessário" e lembrou que, no passado, havia fraude nas contagens manuais


	Urna eletrônica: o ministro classificou o voto impresso como "absolutamente desnecessário" e lembrou que, no passado, havia fraude nas contagens manuais
 (Elza Fiúza/ABr)

Urna eletrônica: o ministro classificou o voto impresso como "absolutamente desnecessário" e lembrou que, no passado, havia fraude nas contagens manuais (Elza Fiúza/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 15h10.

Rio - O presidente do Superior Tribunal Eleitoral, ministro José Antonio Dias Toffoli, disse que não será possível a impressão do voto pelas urnas eletrônicas nas eleições de 2016.

O veto presidencial à medida foi derrubado nesta quarta-feira, 18, pelo Congresso. "Daremos um passo atrás na cultura política brasileira", criticou Toffoli.

O ministro classificou o voto impresso como "absolutamente desnecessário" e lembrou que, no passado, havia fraude nas contagens manuais.

"A concepção da urna eletrônica foi acabar com a intervenção humana. A intervenção humana não deixa rastros. A intervenção tecnológica deixa rastro e é possível de ser auditado", afirmou.

"Você no passado tinha, às vezes, o voto contado e o voto anotado pelo mesário não era o mesmo".

Toffoli disse que não será tecnicamente possível a impressão do voto em 2016. Ele criará comissão interna no TSE para estudar a aplicação da medida a partir de 2018. A estimativa é de que a impressão custe R$ 1,8 bilhão.

Toffoli está no Rio para presidir a 10° Reunião Interamericana de Autoridades Eleitorais, que reúne representantes de 30 países e da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Entre os temas discutidos estarão o financiamento público de campanha e o uso de redes sociais no processo eleitoral.

"Temos uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça que proíbe a participação das empresas privadas nas campanhas eleitorais. Já para a eleição de 2016 não será possível a doação por empresas", afirmou.

"O grande desafio no Brasil continua sendo a quantidade de compra de votos e o abuso de poder da máquina pública nas campanhas eleitorais".

Para Toffoli, o uso de redes sociais vai baratear o custo das campanhas eleitorais. "As mídias sociais ganham papel relevante. O Brasil tem mais celulares que habitantes. E são celulares com acesso a essas redes cada vez mais utilizadas, como WhatsApp, Facebook e Twitter".

Acompanhe tudo sobre:CongressoEleiçõesTSE

Mais de Brasil

Após jovem baleada, Lewandowski quer acelerar regulamentação sobre uso da força por policiais

Governadores avaliam ir ao STF contra decreto de uso de força policial

Queda de ponte: dois corpos são encontrados no Rio Tocantins após início de buscas subaquáticas

Chuvas intensas atingem Sudeste e Centro-Norte do país nesta quinta; veja previsão do tempo