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Presidente do PSB afirma que não vai prejulgar Romário

Carlos Siqueira disse ter ficado surpreendido com citação de Romário em gravação de conversa que levou à prisão de Delcídio do Amaral


	Romário: senador teria supostamente feito acordo com Eduardo Paes em troca do aviso para retirar o dinheiro que teria em conta na Suíça
 (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

Romário: senador teria supostamente feito acordo com Eduardo Paes em troca do aviso para retirar o dinheiro que teria em conta na Suíça (Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2015 às 18h17.

São Paulo - O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse ter ficado surpreendido com a citação de Romário no áudio da conversa que levou à prisão de Delcídio Amaral.

"Recebi a transcrição há pouco. Fiquei surpreendido porque dava esse assunto da conta na Suíça como encerrado", disse ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.

No áudio divulgado nesta quarta-feira, 25, o advogado Edson Ribeiro, responsável pela defesa do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, disse a Delcídio que o senador Romário (PSB-RJ) tinha dinheiro numa conta na Suíça, mas foi avisado para retirá-lo para não "ser preso".

Em troca, Romário, segundo o advogado, teria supostamente aceitado apoiar Pedro Paulo, pré-candidato do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB-RJ), à sua sucessão.

Siqueira disse à reportagem que tem como princípio não prejulgar ninguém e disse esperar que a história, segundo colocada na gravação pelo advogado, esteja equivocada.

"Espero que seja um equívoco como foi a notícia da Veja, mas só quem pode dar explicação é ele", afirmou o dirigente pessebista - em 5 de agosto a Veja publicou uma errata em que assumia que o suposto extrato de conta de Romário na Suíça, exposto em reportagem duas semanas antes, era falso.

O presidente do PSB disse que não teria cabimento, de toda forma, a especulação de que o partido apoiaria o candidato do PMDB.

"O PSB não cogitava nem cogita a hipótese de apoiar Pedro Paulo, e isso já vem de antes da questão dele com agressão à mulher. O PSB definiu que terá candidatura própria em capitais de relevância como o Rio de Janeiro."

Siqueira disse que também não havia nem há uma definição sobre qual será o nome da sigla na capital fluminense em 2016.

Pedro Paulo teve ao menos três boletins de ocorrência por violência doméstica registrados contra ele pela ex-mulher entre 2008 e 2010. As notícias das agressões abalaram a pré-campanha.

Nota do Romário

Mais cedo, o senador Romário enviou uma nota reafirmando não ter conta em banco suíço. Ele disse não ter firmado qualquer acordo para apoiar Pedro Paulo na corrida à prefeitura do Rio do ano que vem.

No documento, contudo, Romário não deixa claro se pode ou não vir a apoiar o candidato de Eduardo Paes.

"Não é novidade para ninguém que o prefeito Eduardo Paes tem interesse que eu apoie o seu candidato à sucessão", limita-se a dizer.

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