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Presidente do PROS tem prisão decretada pela Justiça

Investigação mira suposto esquema de desvio de mais de R$2 milhões em contratos da prefeitura de Marabá, no Pará

Justiça Federal decretou a prisão do presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior, alvo da Operação Partialis (PROS/Divulgação)

Justiça Federal decretou a prisão do presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior, alvo da Operação Partialis (PROS/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 09h19.

São Paulo - A Justiça Federal decretou a prisão do presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior, alvo da Operação Partialis, deflagrada nesta quinta-feira, 18. A investigação mira suposto esquema de desvio de mais de R$ 2 milhões em contratos da prefeitura de Marabá, no Pará. Ele estava foragido até a publicação desta matéria.

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira, 18, o ex-prefeito de Marabá João Salame Neto, dois ex-assessores, a mulher de um deles e três empresários.

Segundo a PF, após a análise de documentos apreendidos, descobriu-se "um verdadeiro esquema criminoso dentro do Paço municipal", com ilicitudes que consistiam na cobrança de valores por parte de servidores municipais em troca da facilidade no recebimento de pagamentos atrasados.

De acordo com a investigação, além da apropriação de mais de R$ 2 milhões, também foi adquirida, com recursos públicos federais, por um dos empresários investigados e presos durante a operação, uma aeronave de uma empresa com sede em Altamira, também no Pará. A investigação sobre a aquisição da aeronave envolve o presidente do PROS.

A PF narra que, após publicação de que a compra havia sido feita pelo ex-gestor, por pessoa interposta, a aeronave foi enviada para Goiânia, onde ficou sob responsabilidade da direção nacional do partido. "Tanto os empresários da empresa de Altamira como a direção nacional do partido praticaram uma série de ilicitudes", diz a nota da Polícia Federal.

Os investigados responderão por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, uso de documento falso e apropriação e ou desvio de recursos públicos. Ao todo, as penas pelos crimes podem passar de 30 anos de reclusão.

Partido

O PROS divulgou nota sobre a operação, em que informa que "preza pela lisura e transparência de sua gestão" e que não tem "qualquer relação" com a operação nem com a prefeitura de Marabá. A sigla informa ainda que João Salame, ex-prefeito de Marabá detido ontem, não é filiado à legenda.

A legenda informa também que a menção à sigla "dá-se ao fato de o partido ter adquirido, dentro da legalidade, seguindo todos os tramites legais, uma aeronave no Estado do Pará". "Tanto é que a aeronave citada foi comprada, paga e já até vendida pelo partido", o que, de acordo com a sigla, foi informado à Justiça Eleitoral.

Por fim, o PROS diz que não há "qualquer envolvimento do partido ou do presidente da legenda em atos ilícitos" e que "as movimentações partidárias são devidamente informadas aos órgãos competentes, conforme determina a lei". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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