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Presidente da OAS é preso por suposto desvio de R$200 mi

A PF prendeu o presidente da OAS, Elmar Varjão, e outros executivos em operação contra esquema de superfaturamento em obras de transposição do rio São Francisco

Trabalhadores da OAS: construtora OAS classificou a prisão de "desnecessária" (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 19h26.

São Paulo - A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira o presidente da OAS , Elmar Varjão, e outros três executivos em operação contra esquema de superfaturamento nas obras de transposição do rio São Francisco, em uma fraude que teria desviado 200 milhões de reais com participação de empresas fantasmas do doleiro Alberto Youssef, já condenado como um dos operadores na Lava Jato.

A construtora OAS classificou a prisão de "desnecessária" e disse em nota que está "à disposição da Justiça para todos os questionamentos". A PF afirmou que os três outros executivos presos são da Coesa Engenharia, Barbosa Mello e Galvão Engenharia.

Executivos envolvidos no esquema de corrupção fariam parte de um consórcio formado pelas empresas OAS, Galvão Engenharia, Barbosa Melo e Coesa Engenharia, e usavam companhias de fachada em nome de Youssef para o desvio de verbas públicas, de acordo com a PF.

"Empreiteiras já conhecidas --OAS, Galvão Engenharia, Coesa Engenharia-- tinham uma conta própria para recebimento dos valores. Alguns valores destas contas eram transferidos para contas já conhecidas de empresas fantasmas do grupo Alberto Youssef", disse o superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, em entrevista coletiva no Recife.

Youssef já foi condenado como um dos principais operadores do esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras investigado pela operação Lava Jato. Além dele, o lobista Adir Assad é outro envolvido na Lava Jato também investigado por suposta ligação com o desvio de recursos nas obras do São Francisco, segundo reportagens.

Os valores desviados pelo esquema investigado pela PF seriam destinados a obras de engenharia de dois dos 14 lotes de transposição do rio São Francisco, no trecho que vai do agreste de Pernambuco até a Paraíba. Os contratos investigados são de 680 milhões de reais, segundo a PF.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações indicam o envolvimento de políticos no esquema de desvio de recursos das obras de transposição do São Francisco, assim como na Lava Jato.

"Todo o cenário converge para que exista um núcleo político que ainda não foi identificado, e se isto ocorrer, obviamente, serão realizados os atos necessários em face desta situação", afirmou o delegado Felipe Leal a jornalistas.

A operação desta sexta-feira contou com cerca de 150 policiais federais para cumprimento de 32 mandados judiciais, incluindo quatro de prisão e 24 de busca e apreensão, nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, Rio Grande do Sul e Bahia, além de Brasília.

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de dinheiro, de acordo com comunicado da PF.

O Grupo Galvão, que controla a Galvão Engenharia, informou em nota que ainda não "tomou conhecimento dos detalhes da investigação", mas destacou que "tem o compromisso de colaborar com o poder público para que tudo seja esclarecido da melhor forma possível".

Representantes da Coesa Engenharia e Barbosa Mello não puderam ser imediatamente contatados para comentar o caso.

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São Paulo - A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira o presidente da OAS , Elmar Varjão, e outros três executivos em operação contra esquema de superfaturamento nas obras de transposição do rio São Francisco, em uma fraude que teria desviado 200 milhões de reais com participação de empresas fantasmas do doleiro Alberto Youssef, já condenado como um dos operadores na Lava Jato.

A construtora OAS classificou a prisão de "desnecessária" e disse em nota que está "à disposição da Justiça para todos os questionamentos". A PF afirmou que os três outros executivos presos são da Coesa Engenharia, Barbosa Mello e Galvão Engenharia.

Executivos envolvidos no esquema de corrupção fariam parte de um consórcio formado pelas empresas OAS, Galvão Engenharia, Barbosa Melo e Coesa Engenharia, e usavam companhias de fachada em nome de Youssef para o desvio de verbas públicas, de acordo com a PF.

"Empreiteiras já conhecidas --OAS, Galvão Engenharia, Coesa Engenharia-- tinham uma conta própria para recebimento dos valores. Alguns valores destas contas eram transferidos para contas já conhecidas de empresas fantasmas do grupo Alberto Youssef", disse o superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, em entrevista coletiva no Recife.

Youssef já foi condenado como um dos principais operadores do esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras investigado pela operação Lava Jato. Além dele, o lobista Adir Assad é outro envolvido na Lava Jato também investigado por suposta ligação com o desvio de recursos nas obras do São Francisco, segundo reportagens.

Os valores desviados pelo esquema investigado pela PF seriam destinados a obras de engenharia de dois dos 14 lotes de transposição do rio São Francisco, no trecho que vai do agreste de Pernambuco até a Paraíba. Os contratos investigados são de 680 milhões de reais, segundo a PF.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações indicam o envolvimento de políticos no esquema de desvio de recursos das obras de transposição do São Francisco, assim como na Lava Jato.

"Todo o cenário converge para que exista um núcleo político que ainda não foi identificado, e se isto ocorrer, obviamente, serão realizados os atos necessários em face desta situação", afirmou o delegado Felipe Leal a jornalistas.

A operação desta sexta-feira contou com cerca de 150 policiais federais para cumprimento de 32 mandados judiciais, incluindo quatro de prisão e 24 de busca e apreensão, nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, Rio Grande do Sul e Bahia, além de Brasília.

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de dinheiro, de acordo com comunicado da PF.

O Grupo Galvão, que controla a Galvão Engenharia, informou em nota que ainda não "tomou conhecimento dos detalhes da investigação", mas destacou que "tem o compromisso de colaborar com o poder público para que tudo seja esclarecido da melhor forma possível".

Representantes da Coesa Engenharia e Barbosa Mello não puderam ser imediatamente contatados para comentar o caso.

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