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Preparação de Gabrielli para CPI é natural, diz senador

Senador Walter Pinheiro (PT) saiu em defesa do colega de partido e desqualificou as denúncias da revista Veja

Senador Walter Pinheiro (PT-BA) durante discurso em sessão Plenária do Senado (Geraldo Magela/Agência Senado/Agência Senado)
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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 18h20.

Salvador - O senador baiano Walter Pinheiro (PT) saiu em defesa do colega de partido e ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli e desqualificou as denúncias da revista Veja.

A publicação apontou, em reportagem publicada na edição desta semana, que teriam sido previamente combinadas com Gabrielli e com a atual presidente da estatal, Graça Foster, as perguntas que seriam feitas a eles na CPI da Petrobras, instalada no Senado.

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"É natural que um grupo de trabalho realize o que a gente chama de prévia, que junte materiais e dados e sente com os que vão depor para fazer uma espécie de treino, e isso foi feito", alegou Pinheiro, em entrevista a uma rádio baiana.

"Estão fazendo um circo - aliás, circo, não, porque circo é da arte. O que está acontecendo é que, como não houve aquele espetáculo que muita gente esperava da CPI, ficam gerando fatos. Quem é que não se prepara previamente para um interrogatório? É natural."

Pinheiro ainda questionou o papel da oposição durante os interrogatórios da CPI no Senado.

"Será que os senadores e deputados de oposição participaram dos treinamentos (dos depoentes)? Eles entregaram antes as perguntas que iam fazer?", argumentou. "Claro que não, eles chegaram na hora e perguntaram."

O senador, porém, relevou que, caso algum documento considerado secreto tenha sido vazado do Congresso, a questão precisa ser investigada.

"Se um parlamentar tem acesso a um documento desse tipo, na chamada 'sala secreta', ele lê o documento, mas não pode retirar nem cópia dele", explicou.

"Se houve um vazamento desse tipo de documento, é preciso que seja apurado. Aí, efetivamente, deve ser punido o culpado."

Hoje secretário de Planejamento da Bahia, Gabrielli segue sem comentar as denúncias sobre a Petrobras. Segundo sua assessoria de imprensa, o ex-presidente da estatal diz que só vai ser pronunciar sobre o tema "nos autos".

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