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Preocupações com possível demissão de presidente do BB aumentam

Palácio do Planalto estaria insatisfeito com o programa de demissão voluntária do banco; André Brandão assumiu o cargo em agosto

André Brandão, presidente do Banco do Brasil: executivo assumiu o cargo em agosto de 2020 (Divulgação/Divulgação)

André Brandão, presidente do Banco do Brasil: executivo assumiu o cargo em agosto de 2020 (Divulgação/Divulgação)

CA

Carla Aranha

Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 14 de janeiro de 2021 às 20h52.

Começou a ganhar força em Brasília a suposição que o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, possa ser demitido. Brandão ocupa o cargo desde agosto de 2020, quando foi chamado para subsituir Rubem Novaes. Antes disso, o executivo exerceu a função de líder para as Américas do HSBC.

O Palácio do Planalto estaria insatisfeito com a repercussão do programa de demissão voluntária do banco, anunciado no início desta semana, que prevê o desligamento de cerca de 5.000 funcionários. Segundo o Banco do Brasil, as demissões devem gerar uma uma redução de custo da ordem de 10 bilhões de reais até 2025 e fazem parte de um conjunto de medidas que visam o enxugamento de despesas.

Até a noite desta quarta-feira, dia 13, o governo não havia se manifestado sobre o possível afastamento de Brandão. A situação vem gerando certo desconforto no mercado, por conta dos rumores que tem gerado. A falta de uma clareza maior nesse momento em relação à permanência de Brandão no cargo teria o potencial de desencadear um ruído indesejável em meio a um cenário de incertezas na saúde pública e na economia.

De qualquer modo, a possibilidade de afastamento de um integrante da pasta econômica está longe de ser algo inédito. O secretário especial de Desestatização e Privatização, Salim Mattar, e o de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, pediram demissão em agosto. “Houve uma debandada”, disse o ministro Paulo Guedes na ocasião.

Em julho, já haviam deixado o governo o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, e o diretor de programas da Secretaria Especial de Fazenda, Caio Megale. Um pouco antes, em maio, o então secretário especial de Comércio Exterior, Marcos Troyjo, assumiu a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos Brics, sendo substituído pelo economista Roberto Fendt. Agora, o mercado aguarda o desenrolar dos fatos em relação à presidência do Banco do Brasil.

 

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