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Prefeitura quer fechar rua 25 de Março para veículos

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ainda vai instalar um trecho de ciclovia em uma das principais ruas de comércio popular da América Latina


	25 de março: "O caso da Rua 25 de Março é uma aberração", afirmou secretário
 (Marcelo Camargo/ABr)

25 de março: "O caso da Rua 25 de Março é uma aberração", afirmou secretário (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2014 às 11h04.

São Paulo - A Prefeitura de São Paulo quer fechar para o trânsito a Rua 25 de Março, na região central, e outras vias no entorno, segundo o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto. Até o final deste mês, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ainda vai instalar um trecho de ciclovia em uma das principais ruas de comércio popular da América Latina.

Segundo Tatto, a ideia é fazer na via o que foi implementado no final de agosto na Rua Santa Ifigênia, outra importante via de comércio popular especializada em vender eletroeletrônicos e aparelhos de som.

Todos os sábados, das 6h às 15h, a via é fechada entre a Rua General Osório e a Avenida Ipiranga. Caminhões, automóveis e motos ficam proibidos de circular. "A experiência da Santa Ifigênia está tendo êxito. O caso da Rua 25 de Março é uma aberração", afirmou Tatto.

Ele também estuda fechar as Ruas Boa Vista, Florêncio de Abreu e Sete de Abril. "Já pedi para fazer uma reunião com os comerciantes. Eu acho que os próprios lojistas não gostariam que os carros passassem", disse. A média diária de pedestres na Rua 25 de Março é de 400 mil pessoas.

A ideia de Tatto, no entanto, não deve agradar os lojistas da região. Segundo Claudia Hurias, assessora executiva da União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco), os comerciantes precisam da rua aberta. "Atrapalharia por causa do problema da carga e descarga. As lojas são reabastecidas diariamente e o dia inteiro em épocas de grande movimento", explicou. De acordo com ela, caso a Prefeitura insista na ideia, a associação que representa os 3.800 lojistas da região, com 40 mil funcionários, vai entrar na Justiça para impedir o fechamento da rua. 

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