Brasil

Prefeitura de São Paulo cria abrigo para receber haitianos

Local funcionará como reforço para a Igreja Nossa Senhora da Paz, na Rua do Glicério, que tem acolhido os haitianos desde fechamento do abrigo no Acre


	Haitianos aguardam visto para trabalhar no Brasil: espaço, pertencente a uma empresa privada, servirá de abrigo emergencial, pois o empréstimo à prefeitura terá duração de três meses

	
	
 (Marcello Casal Jr./ABr)

Haitianos aguardam visto para trabalhar no Brasil: espaço, pertencente a uma empresa privada, servirá de abrigo emergencial, pois o empréstimo à prefeitura terá duração de três meses (Marcello Casal Jr./ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 14h12.

São Paulo - Um abrigo com capacidade para 120 pessoas começa a acolher haitianos na capital paulista. O local funcionará como reforço para a Igreja Nossa Senhora da Paz, na Rua do Glicério, no centro, que tem acolhido os haitianos desde o fechamento do abrigo em Brasileia, no Acre, no início do mês passado. Segundo o padre Paolo Parise, diretor do Centro de Estudos Migratórios (CEM) da paróquia, hoje (5), a igreja abriga 70 haitianos. Desde o problema em Brasileia, mais de 550 haitianos passaram pela paróquia.

O espaço, pertencente a uma empresa privada, servirá de abrigo emergencial, pois o empréstimo à prefeitura terá duração de três meses. De acordo com o prefeito Fernando Haddad, o espaço foi reformado em caráter de emergência e, posteriormente, será devolvido ao proprietário.

O prefeito disse que a cidade não terá problemas no acolhimento, mas que providências relacionadas à documentação precisam ser tomadas. “Nosso problema não é acolher, o problema é a organização prévia para que eles cheguem com documentação, Carteira de Trabalho. Muitos são roubados antes de chegar ao Brasil, entram no Brasil sem documentação.”

Haddad informou também que discutirá o assunto amanhã (6) com representantes da Embaixada do Haiti no Brasil. "[A finalidade é] garantir que eles [haitianos] saiam do Acre já com a Carteira de Trabalho ou que haja, nem que seja um posto avançado da embaixada, que possa providenciar documentação”, disse ele.

Segundo o prefeito, os haitianos têm conseguido contratação imediata no mercado de trabalho paulistano – 400 dos que chegaram à cidade já estão empregados. “Como a economia continua aquecida, as empresas estão contratando”, destacou. “No ano passado, a cidade de São Paulo recebeu 2,6 mil haitianos. Então, não é novidade receber migrantes. A novidade foi o fluxo intensificado nas últimas semanas”, acrescentou.

Haddad disse que será feito um acordo com o governo do Acre para evitar chegadas inesperadas de haitianos à capital paulista. O governo acriano não comunicou a decisão de fechar o abrigo e retirar haitianos de lá. “É tudo uma questão de organização e planejamento. O governador do Acre está em contato comigo, para estabelecer um trabalho em comum para que não haja surpresas de parte a parte”, explicou. “As pessoas não ficam em São Paulo, daqui elas partem para outras cidades.”

Acompanhe tudo sobre:Acrecidades-brasileirasHaitiMetrópoles globaissao-paulo

Mais de Brasil

Comissão da Câmara discute criação de auxílio para pessoas atingidas pelas enchentes no RS

Governo de SP confirma Equatorial como investidora estratégica da Sabesp

Moraes determina que PGR se manifeste sobre norma do CFM que restringia aborto legal

Tramonte lidera as intenções de voto para prefeitura de BH, aponta pesquisa Quaest

Mais na Exame