Brasil

Pré-candidatos comentam vaivém sobre libertação de Lula

Desembargador plantonista do TRF-4, Rogério Favreto, voltou a ordenar que Lula seja solto neste domingo (8)

Lula: Num prazo de cinco horas, alvará de soltura foi concedido e revogado por desembargadores do TRF-4 (Victor Moriyama/Getty Images)

Lula: Num prazo de cinco horas, alvará de soltura foi concedido e revogado por desembargadores do TRF-4 (Victor Moriyama/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de julho de 2018 às 16h58.

Em posts publicados em suas redes sociais, pré-candidatos à Presidência da República comentaram neste domingo, 8, o alvará de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, num prazo de cinco horas, foi concedido e revogado por desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Após o desembargador Rogério Favreto conceder habeas corpus a Lula por volta das 9h no plantão deste domingo, o relator da Lava Jato no TRF-4, João Pedro Gebran Neto, anulou a liminar pouco depois das 14h. Agora há pouco, Favreto voltou a determinar a libertação de Lula.

Ao falar sobre o caso, a pré-candidata da Rede, Marina Silva, escreveu em sua conta no Twitter que a atuação excepcional de um plantonista não deveria provocar turbulências políticas que coloquem em dúvida a autoridade de decisões judiciais colegiadas.

O ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, ressaltou que o Brasil precisa de ordem e segurança jurídica em todas as áreas. "Não podemos transformar o sistema de justiça em fator de instabilidade. Ao contrário, o Judiciário deve ser ponto de equilíbrio".

Mais enfático, o senador Álvaro Dias, pré-candidato do Podemos, escreveu que o despacho de Favreto provoca anarquia no Judiciário e causa "indignação e revolta na sociedade". Ele lembrou ainda que o desembargador era filiado ao PT antes de se tornar juiz. "Decisão de soltura de Lula, que anarquiza o Judiciário e causa indignação e revolta na sociedade, é responsabilidade de um desembargador aloprado que serviu a governos petistas", postou o ex-governador do Paraná no Twitter.

Em nota encaminhada à imprensa, o ex-ministro Henrique Meirelles pré-candidato do MDB, disse ser absolutamente contra a politização da Justiça. "O sistema judicial é pilar da nossa democracia, e o respeito às normas processuais é essencial", declarou.

A favor de Lula, o pré-candidato do PSOL, Guilherme Boulos, chamou de "chicana" as manobras do juiz Sergio Moro e do desembargador Gebran Neto para anular o habeas corpus de Lula. "Nunca se viu um juiz e um desembargador de férias atuarem com tamanha prontidão para revogar uma decisão judicial", comentou Boulos, acrescentando que o episódio comprova a "partidarização do Judiciário".

 

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da SilvaOperação Lava JatoPrisõesSergio MoroTRF4

Mais de Brasil

Prefeito sanciona lei com nova carga horária para professores e mudança no estatuto do funcionalismo

Senadores procuram Dino para tentar destravar recursos de emendas parlamentares

Em nova decisão, Dino determina que Câmara responda de forma objetiva questionamentos sobre emendas

Dino nega que bloqueio de emendas corte verbas da saúde e aponta descumprimento de decisão judicial