PR ainda não tem posição sobre a Previdência, diz partido
Apesar da falta de uma definição oficial da sigla, integrantes da legenda ressaltam que têm sido duras as discussões em torno do tema
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de abril de 2017 às 13h44.
Brasília - O presidente do Partido da República (PR), o ex-ministro Antônio Carlos Rodrigues, afirmou nesta terça-feira, 25, que a legenda ainda não chegou a um entendimento de como encaminhará a votação da Reforma da Previdência .
Ele disse que irá consultar ao longo do dia o líder do PR na Câmara, Aelton Freitas (MG), para tomar pulso da bancada sobre o posicionamento da maioria dos deputados.
"Ainda não tenho uma posição da bancada. Vou falar com o Aelton para ver como está", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo.
Rodrigues minimizou a decisão da cúpula do PSB, que oficializou na segunda-feira posicionamento contrário à aprovação das reformas da Previdência e Trabalhista.
"A posição do PSB já era algo notório", disse, acrescentando que, apesar de conhecido, o posicionamento do partido é "esquisito", sobretudo pelo "tamanho da estrutura que eles têm".
O PSB detêm hoje o comando do Ministério de Minas e Energia, uma das principais pastas da Esplanada, ocupada pelo deputado federal Fernando Coelho Filho (PE). O PR conduz o Ministério dos Transportes, com o deputado federal Maurício Quintella Lessa (AL).
Dificuldades
Apesar da falta de uma definição oficial do PR sobre a Previdência, integrantes da legenda ouvidos pela reportagem ressaltam que têm sido duras as discussões em torno do tema.
Um dos principais argumentos utilizados pelos parlamentares é o desgaste político que as mudanças nas aposentadorias irão trazer para as próximas eleições, em 2018.
De acordo com cálculos preliminares antes das últimas alterações no relatório da Previdência, a proposta contava com o apoio de apenas 14 deputados do PR. Os demais, 25, eram contrários.
Reforma trabalhista
Embora haja fortes resistências à Previdência, o PR não deve criar obstáculos para aprovação da Reforma Trabalhista no plenário da Câmara.
A bancada ajudou a aprovar o requerimento de urgência, que deu celeridade nas discussões da matéria, registrando 27 votos a favor e 5 contra.
A tendência é de que um placar próximo a esse se repita quando o projeto for posto em votação no plenário da Casa, o que pode ocorrer nesta quarta-feira, 26.