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Postura de Dilma mudou e atraiu indecisos, diz analista

Segundo os levantamentos eleitorais, presidente agora lidera sozinha a corrida contra Aécio Neves

Presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, cumprimenta eleitores em Duque de Caxias (Ricardo Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2014 às 17h32.

São Paulo - A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) mudou sua postura nos debates do segundo turno e conseguiu passar uma segurança maior para os eleitores indecisos, o que explica sua vantagem nas pesquisas de intenção de voto divulgadas nesta quinta-feira, 23.

A avaliação é da cientista política e professora da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Maria do Socorro Braga.

"Nos primeiros debates ela gaguejava muito, mostrava falta de traquejo e insegurança. A partir do momento que passou a responder com mais contundência, ela conseguiu ser mais clara e dialogar melhor com o eleitor", acredita.

Para a professora, o crescimento de Dilma vem principalmente desta parcela de indecisos, que, na pesquisa Ibope , oscilou de 5% para 3%. "Mas ela pode ter conseguido algum voto de Aécio", diz.

Pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo mostra que a Dilma abriu 8 pontos porcentuais de vantagem sobre o candidato do PSDB, Aécio Neves.

O tucano caiu de 51% para 46% dos votos válidos de quarta-feira passada para cá e Dilma Rousseff (PT) subiu de 49% para 54%.

Considerando os votos totais, Aécio foi de 45% para 41% das intenções e Dilma passou de 43% para 49%. Os brancos ou nulos se mantiveram em 7%. Com o resultado, Dilma assume a liderança fora da margem de erro da pesquisa.

Já o Datafolha mostrou que a petista tem agora 53% das intenções de voto, contra 47% de Aécio, considerando-se os votos válidos. No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 22, Dilma tinha 52%, e Aécio, 48% dos votos válidos.

O resultado das pesquisas divulgadas hoje, de acordo com a professora, confirma a tendência de que haveria um afastamento entre os dois candidatos.

A professora diz ainda que uma das estratégias adotadas pela campanha petista, de questionar o fato de os tucanos afirmarem que vão dar continuidade aos programas sociais do governo pode ter causado "preocupação" no eleitorado indeciso, principalmente na classe C em ascensão.

"Ela passou a dizer que, se o PSDB garante que vai continuar as políticas do governo, não é preciso fazer uma mudança. O fato de o governo continuar passaria mais segurança e o eleitorado parece ter absorvido esse discurso", explica.

Para Maria do Socorro, o último debate da campanha, que será realizado amanhã pela TV Globo, pode ter um impacto importante na corrida eleitoral, "a tendência é que o resto desses indecisos se definam nesse último debate", diz.

Ela pondera que o comportamento de Dilma deve ser mais tranquilo por conta da vantagem do momento e que Aécio pode ter que entrar no "tudo ou nada".

"Ele não vai atacar de forma agressiva, pois isso pode fazer ele perder voto. Mas acredito que se ele tiver uma carta na manga, um elemento surpresa, é ele que deve jogar com esse trunfo. Só que isso é futurologia", afirma.

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São Paulo - A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) mudou sua postura nos debates do segundo turno e conseguiu passar uma segurança maior para os eleitores indecisos, o que explica sua vantagem nas pesquisas de intenção de voto divulgadas nesta quinta-feira, 23.

A avaliação é da cientista política e professora da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Maria do Socorro Braga.

"Nos primeiros debates ela gaguejava muito, mostrava falta de traquejo e insegurança. A partir do momento que passou a responder com mais contundência, ela conseguiu ser mais clara e dialogar melhor com o eleitor", acredita.

Para a professora, o crescimento de Dilma vem principalmente desta parcela de indecisos, que, na pesquisa Ibope , oscilou de 5% para 3%. "Mas ela pode ter conseguido algum voto de Aécio", diz.

Pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo mostra que a Dilma abriu 8 pontos porcentuais de vantagem sobre o candidato do PSDB, Aécio Neves.

O tucano caiu de 51% para 46% dos votos válidos de quarta-feira passada para cá e Dilma Rousseff (PT) subiu de 49% para 54%.

Considerando os votos totais, Aécio foi de 45% para 41% das intenções e Dilma passou de 43% para 49%. Os brancos ou nulos se mantiveram em 7%. Com o resultado, Dilma assume a liderança fora da margem de erro da pesquisa.

Já o Datafolha mostrou que a petista tem agora 53% das intenções de voto, contra 47% de Aécio, considerando-se os votos válidos. No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 22, Dilma tinha 52%, e Aécio, 48% dos votos válidos.

O resultado das pesquisas divulgadas hoje, de acordo com a professora, confirma a tendência de que haveria um afastamento entre os dois candidatos.

A professora diz ainda que uma das estratégias adotadas pela campanha petista, de questionar o fato de os tucanos afirmarem que vão dar continuidade aos programas sociais do governo pode ter causado "preocupação" no eleitorado indeciso, principalmente na classe C em ascensão.

"Ela passou a dizer que, se o PSDB garante que vai continuar as políticas do governo, não é preciso fazer uma mudança. O fato de o governo continuar passaria mais segurança e o eleitorado parece ter absorvido esse discurso", explica.

Para Maria do Socorro, o último debate da campanha, que será realizado amanhã pela TV Globo, pode ter um impacto importante na corrida eleitoral, "a tendência é que o resto desses indecisos se definam nesse último debate", diz.

Ela pondera que o comportamento de Dilma deve ser mais tranquilo por conta da vantagem do momento e que Aécio pode ter que entrar no "tudo ou nada".

"Ele não vai atacar de forma agressiva, pois isso pode fazer ele perder voto. Mas acredito que se ele tiver uma carta na manga, um elemento surpresa, é ele que deve jogar com esse trunfo. Só que isso é futurologia", afirma.

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