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Pós-carnaval de SP deve superar o público do feriado

Dados ainda não fechados da Secretaria Municipal de Cultura estimam que mais de 2 milhões de pessoas tenham passado pelos blocos no Carnaval

Carnaval: não foram registrados arrastões nem grandes tumultos no feriado (Victor Moriyama/Getty Images)

Carnaval: não foram registrados arrastões nem grandes tumultos no feriado (Victor Moriyama/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de março de 2017 às 10h16.

São Paulo - Com 82 blocos programados para desfilar entre sexta-feira, 3, e domingo, 5, a Prefeitura de São Paulo espera um público ainda maior no pós-carnaval do que aquele que participou da folia pelas ruas da capital paulista entre sábado, 25, e quarta-feira, 1º.

Dados ainda não fechados da Secretaria Municipal de Cultura estimam que mais de 2 milhões de pessoas tenham passado pelos blocos durante este carnaval.

Sem registro de arrastões nem tumultos, a folia de rua da cidade foi avaliada como positiva pelo público e pela Prefeitura. No centro, o destaque ficou para o número inédito de frequentadores.

Em Pinheiros, zona oeste, a Prefeitura usou grades para evitar lotações na Vila Madalena e acelerou as ações de limpeza para dispersar os frequentadores do bairro. O Estado avaliou os destaques da festa.

Mudanças

O secretário de Cultura, André Sturm, disse que o carnaval foi "um sucesso". Mas mudanças devem ser propostas para o ano que vem - os detalhes serão definidos a partir do dia 14, quando as secretarias envolvidas no evento devem reunir-se para discutir as alterações com o prefeito João Doria (PSDB).

"Nossa vontade é que, no máximo em maio, a gente já esteja com as regras do carnaval do ano que vem para anunciar e todo mundo poder se preparar", afirmou Sturm.

Para o secretário, foram quatro os fatores que fizeram a região central atrair tanta gente: a saída de blocos maiores da Vila Madalena, a desistência de parte do público em ir ao bairro da zona oeste - como resultado da repercussão negativa das confusões em eventos anteriores -, a boa divulgação que os blocos do centro fizeram deles mesmos e a facilidade de acesso à área, com mais terminais de ônibus e mais linhas de metrô.

Ele reconheceu, porém, que o número de lixeiras dispostas pelas ruas não deu conta da demanda, mas atribuiu "à falta de civilidade" por parte da população o estado em que algumas áreas ficaram depois dos desfiles, em especial no Largo da Batata, na zona oeste.

Também responsabilizou o público pelo fato de tanta gente ter urinado na rua. "A gente tinha o aluguel de 14 mil diárias de banheiros químicos", destacou, ao afirmar ter visto gente urinando próximo de banheiros vazios.

O secretário ainda reconheceu que, em algumas ocasiões, a infraestrutura organizada foi insuficiente, por considerar um público que depois se mostrou maior do que o previsto - as estimativas de foliões foram feitas pelos próprios blocos.

Diante do sucesso do carnaval de rua no centro - que também contou com um palco no Anhangabaú para grandes shows, que ficou lotado no domingo, 26, -, Sturm foi questionado se a folia não seria a prova de que a região tem, sim, capacidade para grandes shows, como previa a Virada Cultural até o ano passado.

O secretário afirmou que a dinâmica dos eventos é diferente, uma vez que os blocos têm horários de dispersão diversos, enquanto nos espetáculos a saída é feita de uma só vez.

Reações

Quem pulou o carnaval fez mais elogios do que críticas. A advogada Cinthia Foroni, de 31 anos, afirmou que um dos atrativos é a diversidade. "Há blocos de todos os tipos e dá para transitar por estilos." Mas criticou a sujeira deixada nas ruas. "A gente não encontrava lixeiras", afirmou.

Já a publicitária Verônica Zacharias Gabriel, de 33 anos, responsabilizou o público por haver tanta gente urinando na rua. "Eu já passei seis carnavais no Rio de Janeiro e nunca vi tanto banheiro assim."

"A festa foi generalizada na cidade, canto nenhum foi poupado", afirmou a advogada Célia Marcondes, da Sociedade dos Amigos, Moradores e Empreendedores do Bairro de Cerqueira César (Samorcc). "Faltou disciplina e organização porque poderia haver horários bem determinados e dispersão absoluta dos grupos", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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