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Contra Brasil, Israel diz que desproporcional é 7x1 na Copa

Chancelaria rebateu declaração do Itamarary de que ataques em Gaza seriam desproporcionais: "Desproporcional é um resultado de 7 a 1. Isso não é futebol", afirmou porta-voz

Soldados israelenses disparam mísseis em direção à Faixa de Gaza (Menahem Kahana/AFP)
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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 10h55.

São Paulo – Depois de chamar o Brasil de “anão diplomático”, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel , Yigal Palmor, voltou a criticar o posicionamento do Itamaraty em relação ao conflito na Faixa de Gaza .

Palmor usou o futebol como metáfora para rebater o comunicado da chancelaria brasileira que repudiou o “uso desproporcional da força” nos ataques de israelenses contra palestinos.

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“A resposta de Israel é perfeitamente proporcional. Isso não é futebol. Quando um jogo termina em um empate de 1 a 1 você acha proporcional. Quando o resultado é de 7 a 1 é desproporcional”, afirmou o porta-voz em entrevista ao Jornal Nacional, referindo-se à derrota brasileira contra a Alemanha na Copa do Mundo.

“Não é assim na vida real e na lei internacional. A única razão para não termos centenas de mortes em Israel é termos desenvolvido um sistema antimíssil e não vamos nos desculpar por isso”, afirmou ainda.

O Itamaraty ainda não se pronunciou sobre as novas declarações do porta-voz. Nesta quinta-feira, no entanto, o ministro Luiz Alberto Figueiredo manteve a posição de reprovação contra os ataques de Israel.

“Condenamos a desproporcionalidade da reação de Israel, com a morte de cerca de 700 pessoas, dos quais mais ou menos 70% são civis, e entre os quais muitas mulheres, crianças e idosos”, disse Figueiredo.

“Se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles. Somos um dos 11 países do mundo que têm relações diplomáticas com todos os membros da ONU e temos um histórico de cooperação pela paz", rebateu ainda o ministro.

O conflito armado entre Israel e Palestina na Faixa de Gaza já dura 18 dias. Nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde em Gaza elevou o número de mortos para 813, enquanto os feridos já chegam a 5.237.

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