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Porta da minha casa está aberta, diz Cunha sobre Politeia

Presidente da Câmara é um dos investigados perante o STF por suposto envolvimento no esquema deflagrado pela Lava Jato


	"Vão a hora que quiser. Eu acordo às 6h. Que não cheguem antes das 6h para não me acordar", declarou Eduardo Cunha
 (Lula Marques/Agência PT)

"Vão a hora que quiser. Eu acordo às 6h. Que não cheguem antes das 6h para não me acordar", declarou Eduardo Cunha (Lula Marques/Agência PT)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2015 às 18h36.

Brasília - Um dia após a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República terem realizado buscas em residências e escritórios de políticos, incluindo três senadores, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que as portas da sua casa estão abertas para as investigações.

"A porta da minha casa está aberta. Vão a hora que quiser. Eu acordo às 6h. Que não cheguem antes das 6h para não me acordar", comentou o presidente, que é um dos investigados perante o Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento no esquema deflagrado pela Lava Jato.

Ele preferiu não comentar as oposições feitas à ação dos investigadores e descartou ligações entre as medidas de busca e apreensão e uma possível retaliação do governo aos parlamentares.

"Não foi uma ação motivada pelo governo. Não dá para acusar o governo pela ação. O espetáculo talvez você possa acusar, mas a ação não", completou o peemedebista, dizendo que é "preciso deixar o tempo e as coisas aparecerem".

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse mais cedo que a Casa estuda a possibilidade de mover um processo contra a operação de busca e apreensão realizada ontem.

Na terça-feira, 14, investigadores tiveram como alvo os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE), além do ex-ministro Mario Negromonte e do ex-deputado federal João Pizzolatti (PP-SC) e do advogado Tiago Cedraz.

A operação Politeia foi a primeira fase das investigações da Lava Jato perante o STF e cumpriu 53 mandados de busca e apreensão em 6 Estados e no Distrito Federal.

Os mandados de busca foram solicitados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e autorizados por três ministros do STF: Teori Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.

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