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Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2013 às 10h05.
São Paulo – São Caetano do Sul (SP) mais uma vez liderou o ranking das cidades mais desenvolvidas do Brasil, divulgado hoje pelo Pnud, órgão das Nações Unidas para o desenvolvimento, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro. É a terceira vez que o levantamento, intitulado IDHM, é lançado. E é a terceira vez que a cidade do ABC paulista aparace em primeiro.
A cidade alcançou pontuação de 0,862 na avaliação realizada pela ONU com dados do IBGE, referentes ao Censo 2010. Embora a pesquisa nacional use padrões ligeiramente diferentes daqueles aplicados no exterior pela ONU, o IDHM de São Caetano do Sul hoje é maior que o de países como Grécia (0,860) e Chile (0,819).
A escala do IDH vai de 0 a 1, com indicadores positivos em educação, longevidade e renda per capita correspondendo a valores maiores. As cidades brasileiras já haviam sido avaliadas em levantamentos feitos em 1991 e 2000.
Renda per capita
Embora esteja em segundo lugar em relação à educação e em 19ª no quesito longevidade da população, o dinheiro de São Caetano justifica sua avaliação como maior IDH do país. De acordo com o levantamento divulgado hoje, a renda per capita média da cidade de cerca de 145 mil habitantes supera 2 mil reais.
O valor é mais de 20 vezes maior do que o a renda per capita de Marajá do Sena (MA), cidade mais mal-avaliada do país em relação a renda per capita. O fortalecimento da área de serviços sem descuidos em relação à presença industrial é apresentado pelos administradores municipais como uma das razões para cerca de 45% da população de São Caetano se encontrar hoje na classe B.
Educação e longevidade
Além da economia, São Caetano também apresenta bons números em relação à educação. Embora Águas de São Pedro (SP) apresente as melhores estatísticas da área no país, São Caetano está na vice-liderança dos indicadores. A cidade investe cerca 35% do seu orçamento na formação educacional e conta hoje com mais de 100 escolas, um centro de formação de professores e uma universidade municipal.
Entretanto, problemas como a contratação emergencial de professores ainda fazem parte do cotidiano do município. Apesar dos ótimos indicadores, cerca de 4% das crianças de 5 a 6 anos não estão na escola. Na faixa que vai dos 18 aos 20 anos, a porcentagem cresce para mais de 30%.
Hoje, a expectativa de vida em São Caetano do Sul gira em torno de 78 anos. Dos três indicadores que influenciam no IDH, a longevidade é o quesito em que a cidade tem o pior desempenho – a ponto de ficar fora da lista dos 15 municípios do país com melhores indicadores no quesito. Ainda assim, consta no site da prefeitura de São Caetano do Sul a existência de quatro centros voltados para atender a terceira idade.